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VERSO 32

yadaite ’saṅgatā bhāvā
bhūtendriya-mano-guṇāḥ
yadāyatana-nirmāṇe
na śekur brahma-vittama

yadā — enquanto; ete — todas essas; asaṅgatāḥ — sem serem reunidas; bhāvāḥ — permaneçam nessa situação; bhūta — elementos; indriya — sentidos; manaḥ — mente; guṇāḥ — modos da natureza; yadā — até que; āyatana — o corpo; nirmāṇe — ao ser formado; na śekuḥ — não foi possível; brahma-vit-tama — ó Nārada, ó melhor conhecedor do saber transcendental.

Ó Nārada, ó melhor dos transcendentalistas, as formas do corpo não podem ocorrer enquanto essas partes criadas, a saber, os elementos, os sentidos, a mente e os modos da natureza, não estiverem reunidas.

SIGNIFICADO—Os diferentes tipos de constituição física das entidades vivas são exatamente como diferentes espécies de automóveis fabricados através da montagem na linha de produção. Quando o carro está pronto, o motorista senta-se no carro e o dirige conforme o seu desejo. Isso também é confirmado na Bhagavad-gītā (18.61): é como se a entidade viva estivesse sentada na máquina corpórea, e o corpo, que é como um carro, está se movendo sob o controle da natureza material, assim como os vagões do trem movem-se sob a orientação do maquinista. As entidades vivas, entretanto, não são os corpos; elas são distintas desses carros, os corpos. Entretanto, o cientista materialista menos inteligente não pode entender o processo que consiste em reunir as partes do corpo, a saber, os sentidos, a mente e as qualidades dos modos materiais. Toda entidade viva é uma centelha espiritual, parte integrante do Ser Supremo, e, pela bondade do Senhor, visto que o Pai é bondoso com Seus filhos, os seres vivos individuais recebem uma pequena liberdade para agirem de acordo com sua vontade de dominar a natureza material. Assim como o pai proporciona à criança que chora alguns brinquedos para agradá-la, toda a criação material se torna possível pela vontade do Senhor para permitir que as entidades vivas confusas se assenhorem das coisas que desejam, embora não saiam do controle do agente do Senhor. As entidades vivas são exatamente como criancinhas que brincam no campo material sob o controle da criada do Senhor (a natureza). Elas aceitam que māyā, ou a criada, é tudo o que existe e, assim, concebem erroneamente a Verdade Suprema como feminina (a deusa Durgā etc.). Os tolos materialistas pueris não podem conceber nada além da criada, a natureza material, mas os filhos inteligentes e crescidos do Senhor sabem muito bem que todos os atos da natureza material são controlados pelo Senhor, assim como a criada está sob o controle do patrão, o pai das crianças não-desenvolvidas.

As partes do corpo, tais como os sentidos, são criação do mahat-tattva, e, quando se reúnem pela vontade do Senhor, o corpo material vem a existir, e a entidade viva tem permissão de usá-lo em outras atividades. Isso é explicado da seguinte maneira

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