VERSO 4
yad-vijñāno yad-ādhāro
yat-paras tvaṁ yad-ātmakaḥ
ekaḥ sṛjasi bhūtāni
bhūtair evātma-māyayā
yat-vijñānaḥ — a fonte do conhecimento; yat-ādhāraḥ — sob cuja proteção; yat-paraḥ — sob cuja subordinação; tvam — tu; yat-ātmakaḥ — em que capacidade; ekaḥ — sozinho; sṛjasi — estás criando; bhūtāni — as entidades vivas; bhūtaiḥ — com a ajuda dos elementos materiais; eva — decerto; ātma — pessoal; māyayā — através da potência.
Meu querido pai, qual é a fonte do teu conhecimento? Quem te protege? E para quem é que trabalhas? Qual é a tua verdadeira posição? Acaso crias sozinho todas as entidades com elementos materiais através de tua energia pessoal?
SIGNIFICADO—Śrī Nārada Muni sabia que o senhor Brahmā obteve a energia criativa submetendo-se a rigorosas austeridades. Nesse caso, pôde entender que havia outrem superior a Brahmājī e que dotou Brahmā com o poder de criação. Portanto, fez todas as perguntas acima. Logo, as descobertas das progressivas conquistas científicas não são independentes. Recorrendo a um maravilhoso cérebro feito por outrem, o cientista passa a obter conhecimento de um fenômeno já existente. O cientista pode trabalhar com a ajuda desse cérebro que ele recebeu, mas não é possível que ele crie seu próprio cérebro ou um cérebro semelhante. Assim, ninguém é independente no que diz respeito a qualquer criação, tampouco essa criação é automática.