No edit permissions for Português

VERSO 26

arvāk-srotas tu navamaḥ
kṣattar eka-vidho nṛṇām
rajo ’dhikāḥ karma-parā
duḥkhe ca sukha-māninaḥ

arvāk — para baixo; srotaḥ — passagem da comida; tu — mas; navamaḥ — a nona; kṣattaḥ — ó Vidura; eka-vidhaḥ — uma espécie; nṛṇām — de seres humanos; rajaḥ — o modo da paixão; adhikāḥ — sobressai muito; karma-parāḥ — interessados em trabalhar; duḥkhe — no sofrimento; ca — mas; sukha — felicidade; māninaḥ — achando.

A criação dos seres humanos, que são de uma única espécie e que armazenam seus comestíveis no estômago, é pela ordem a nona. Na raça humana, o modo da paixão sobressai muito. Os humanos estão sempre atarefados no meio de uma vida de sofrimentos, mas se acham felizes sob todos os aspectos.

SIGNIFICADO—O ser humano é mais apaixonado do que os animais, motivo pelo qual a vida sexual do ser humano é mais irregular. Os animais têm sua época própria para o intercurso sexual, mas o ser humano não tem um período regular para tais atividades. O ser humano é dotado de um estágio superior e avançado de consciência para se aliviar de existência de sofrimentos materiais, mas, devido à sua ignorância, ele pensa que sua consciência superior destina-se ao avanço nos confortos materiais da vida. Assim, sua inteligência é mal usada nas propensões animais – comer, dormir, defender-se e acasalar-se – ao invés de ser utilizada na realização espiritual. Quanto mais avança nos confortos materiais, mais miserável fica o ser humano; porém, iludido pela energia material, ele sempre se considera feliz, mesmo estando no meio de sofrimentos. Esse estado de sofrimento da vida humana é distinto da confortável vida natural desfrutada até mesmo pelos animais.

« Previous Next »