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VERSO 17

vaimānikāḥ sa-lalanāś caritāni śaśvad
gāyanti yatra śamala-kṣapaṇāni bhartuḥ
antar-jale ’nuvikasan-madhu-mādhavīnāṁ
gandhena khaṇḍita-dhiyo ’py anilaṁ kṣipantaḥ

vaimānikāḥ — voando em seus aeroplanos; sa-lalanāḥ — juntamente com suas esposas; caritāni — atividades; śaśvat — eternamente; gāyanti — cantam; yatra — nesses planetas Vaikuṇṭha; śamala — todas as qualidades inauspiciosas; kṣapaṇāni — desprovidos de; bhartuḥ — do Senhor Supremo; antaḥ-jale — no meio da água; anuvikasat — desabrochadas; madhu — aromáticas, carregadas de mel; mādhavīnām — das flores mādhavī; gandhena — pela fragrância; khaṇḍita — perturbadas; dhiyaḥ — mentes; api — muito embora; anilam — brisa; kṣipantaḥ — zombando.

Nos planetas Vaikuṇṭha, os habitantes voam em seus aeroplanos, acompanhados por suas esposas e consortes, e eternamente entoam canções sobre o caráter e as atividades do Senhor, que são sempre desprovidos de todas as qualidades inauspiciosas. E por cantarem as glórias do Senhor, eles tornam irrisória inclusive a presença das desabrochadas flores mādhavī, que são aromáticas e cheias de mel.

SIGNIFICADO—Este verso sugere que os planetas Vaikuṇṭha são plenos de todas as opulências. Há aeroplanos nos quais os habitantes viajam pelo céu espiritual com suas amadas. Há uma brisa transportando o aroma de flores desabrochadas, e essa brisa é tão boa que também transporta o mel das flores. Os habitantes de Vaikuṇṭha, contudo, estão de tal modo interessados em glorificar o Senhor que não gostam da perturbação de tão agradável brisa enquanto cantam as glórias do Senhor. Em outras palavras, eles são devotos puros. Eles consideram a glorificação ao Senhor mais importante do que seu próprio gozo dos sentidos. Nos planetas Vaikuṇṭha, não há questão de gozo dos sentidos. Cheirar o aroma de uma flor a desabrochar é muito bom, sem dúvidas, mas isso é simplesmente gozo dos sentidos. Os habitantes de Vaikuṇṭha dão completa prioridade ao serviço ao Senhor, e não a seu próprio gozo dos sentidos. Servir ao Senhor com amor transcendental produz tamanho prazer transcendental que, comparativamente, o gozo dos sentidos é tido como insignificante.

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