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VERSO 7

taṁ niḥsarantaṁ salilād anudruto
hiraṇya-keśo dviradaṁ yathā jhaṣaḥ
karāla-daṁṣṭro ’śani-nisvano ’bravīd
gata-hriyāṁ kiṁ tv asatāṁ vigarhitam

tam — a Ele; niḥsarantam — emergindo; salilāt — da água; anudrutaḥ — perseguiu; hiraṇya-keśaḥ — tendo cabelo dourado; dviradam — um elefante; yathā — assim como; jhaṣaḥ — um crocodilo; karāla-daṁṣṭraḥ — tendo dentes assustadores; aśani-nisvanaḥ — ribombando como o trovão; abravīt — ele disse; gata-hriyām — para aqueles que são desavergonhados; kim — o que; tu — na verdade; asatām — para os desventurados; vigarhitam — censurável.

O demônio, que tinha cabelo dourado sobre a cabeça e presas assustadoras, saiu a perseguir o Senhor enquanto Este emergia da água, da mesma forma que um crocodilo perseguiria um elefante. Ribombando como o trovão, ele disse: Não tens vergonha de fugir de um adversário que Te desafia? Não há nada censurável para criaturas desavergonhadas!

SIGNIFICADO—Ao sair da água, o Senhor, levando a Terra em Seus braços para salvá-la, o demônio zombou dEle com palavras ofensivas, mas o Senhor não Se importou porque estava consciente de Seu dever. Um homem fiel a seu dever nada tem a temer. Da mesma forma, aqueles que são poderosos não têm medo do escárnio ou das palavras descorteses de um inimigo. O Senhor nada tinha a temer em relação a ninguém, mas foi misericordioso com Seu inimigo ao menosprezá-lo. Embora aparentemente Ele fugisse do desafio, foi simplesmente para proteger a Terra de toda calamidade que Ele tolerou as palavras escarnecedoras de Hiraṇyākṣa.

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