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VERSO 19

nānāraṇya-mṛga-vrātair
anābādhe muni-vrataiḥ
āhūtaṁ manyate pāntho
yatra kokila-kūjitaiḥ

nānā — vários; araya — floresta; mṛga — animais; vrātaiḥ — com bandos; anābādhe — quanto à não-violência; muni-vrataiḥ — como os grandes sábios; āhūtam — como que convidado; manyate — pensa; pānthaḥ — passageiro; yatra — onde; kokila — de cucos; kūjitaiḥ­ — pelo arrulho.

Em semelhante atmosfera, mesmo os animais da floresta se tornavam­ não-violentos e desprovidos de inveja, como os grandes sábios. Consequentemente, os animais não atacavam ninguém. Acima de tudo, pairava o arrulho dos cucos. Qualquer passageiro que cru­zasse aquele caminho era convidado por tal atmosfera a descansar naquele belo jardim.

SIGNIFICADO––Uma família pacífica com esposa e filhos é comparada à atmosfera tranquila da floresta. Os filhos são comparados a animais não­-violentos. Às vezes, contudo, esposas e filhos se chamam svajanākhya­-dasyu, “ladrões disfarçados de parentes”. Um homem ganha a vida trabalhando arduamente, mas o resultado é que ele é assaltado por sua esposa e filhos exatamente como uma pessoa na floresta é ataca­da por ladrões e assaltantes que lhe tiram o dinheiro. Não obstante, na vida familiar, o turbilhão de esposa e filhos parece com o arrulho dos cucos no jardim da vida doméstica. Sendo convidada por tal atmosfera, a pessoa que está passando por tão bem­-aventurada vida familiar deseja manter sua família junto de si a todo custo.

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