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VERSO 9

prasūti-miśrāḥ striya udvigna-cittā
ūcur vipāko vṛjinasyaiva tasya
yat paśyantīnāṁ duhitṝṇāṁ prajeśaḥ
sutāṁ satīm avadadhyāv anāgām

prasūti-miśrāḥ — encabeçadas por Prasūti; striyaḥ — as mulheres; udvigna-cittāḥ — estando muito ansiosa; ūcuḥ — disse; vipākaḥ — o perigo resultante; vṛjinasya — da atividade pecaminosa; eva — de fato; tasya — seu (de Dakṣa); yat — porque; paśyantīnām — que observavam; duhitṝṇām — de suas irmãs; prajeśaḥ — o senhor dos seres criados (Dakṣa); sutām — sua filha; satīm — Satī; avadadhyau — insultou; anāgām — inteiramente inocente.

Prasūti, a esposa de Dakṣa, juntamente com outras mulheres ali reunidas, ficou muito ansiosa e disse: Este perigo foi criado por Dakṣa devido à morte de Satī, a qual, muito embora fosse inteiramente inocente, abandonou seu corpo à vista de suas irmãs.

SIGNIFICADO—Prasūti, sendo mulher de bom coração, pôde compreender imediatamente que o perigo iminente que se aproximava devia-se à atividade impiedosa do desalmado Prajāpati Dakṣa. Ele era tão cruel que não tentou salvar Satī, sua filha caçula, do ato de cometer suicídio na presença de suas irmãs. A mãe de Satī pôde compreender o quanto Satī havia sofrido com o insulto de seu pai. Satī estava junto das outras irmãs, e Dakṣa propositadamente recebeu todas as filhas, com exceção de Satī, por ela ser a esposa do senhor Śiva. Essa discriminação convenceu a esposa de Dakṣa do perigo que agora se aproximava, e assim ela sabia que Dakṣa devia preparar-se para morrer por causa de seu ato sórdido.

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