VERSO 34
sanandanādyair mahā-siddhaiḥ
śāntaiḥ saṁśānta-vigraham
upāsyamānaṁ sakhyā ca
bhartrā guhyaka-rakṣasām
sanandana-ādyaiḥ — os quatro Kumāras, encabeçados por Sanandana; mahā-siddhaiḥ — almas liberadas; śāntaiḥ — santas; saṁśānta-vigraham — o grave e santo senhor Śiva; upāsyamānam — estava sendo louvado; sakhyā — por Kuvera; ca — e; bhartrā — pelo mestre; guhyaka-rakṣasām — dos Guhyakas e dos Rākṣasas.
Ali estava sentado o senhor Śiva, cercado por pessoas santas como Kuvera, o mestre dos Guhyakas, e os quatro Kumāras, que já eram almas liberadas. O senhor Śiva era grave e santo.
SIGNIFICADO—As personalidades sentadas com o senhor Śiva são significativas porque os quatro Kumāras eram liberados desde o nascimento. Lembremo-nos de que, após seu nascimento, esses Kumāras foram solicitados por seu pai a casarem-se e produzirem filhos a fim de aumentar a população do universo recém-criado. Porém, como eles se recusaram a fazê-lo, o senhor Brahmā irou-se. Naquele estado de ira, Rudra, ou o senhor Śiva, nasceu. Assim, eles estavam intimamente relacionados. Kuvera, o tesoureiro dos semideuses, é fabulosamente rico. Deste modo, a associação do senhor Śiva com os Kumāras e Kuvera indica que ele tem todas as opulências transcendentais e materiais. Na verdade, ele é a encarnação qualitativa do Senhor Supremo; portanto, sua posição é muito elevada.