VERSO 65
uttānapādo rājarṣiḥ
prabhāvaṁ tanayasya tam
śrutvā dṛṣṭvādbhutatamaṁ
prapede vismayaṁ param
uttānapādaḥ — o rei Uttānapāda; rāja-ṛṣiḥ — grande rei santo; prabhāvam — influência; tanayasya — de seu filho; tam — isto; śrutvā — ouvindo; dṛṣṭvā — vendo; adbhuta — maravilhosas; tamam — no grau superlativo; prapede — alegremente sentiu; vismayam — maravilha; param — suprema.
Ouvindo as gloriosas façanhas de Dhruva Mahārāja e vendo pessoalmente quão influente e grandioso ele era, o santo rei Uttānapāda se sentiu muito satisfeito, pois as atividades de Dhruva eram maravilhosas ao extremo.
SIGNIFICADO—Quando Dhruva Mahārāja estava na floresta executando suas austeridades, seu pai, Uttānapāda, ouviu tudo sobre suas maravilhosas atividades. Embora Dhruva Mahārāja fosse filho de um rei e tivesse apenas cinco anos, ele foi para a floresta e executou serviço devocional sob estrita austeridade. Portanto, seus atos eram todos maravilhosos e, quando voltou ao lar, naturalmente, por causa de suas qualificações espirituais, ele tornou-se muito popular entre os cidadãos. Ele deve ter executado muitas atividades maravilhosas pela graça do Senhor. Ninguém fica mais satisfeito do que o pai de alguém cujas atividades gloriosas são reconhecidas. Mahārāja Uttānapāda não era um rei comum – ele era um rājarṣi, um rei santo. Antigamente, a Terra era governada por um único rei santo. Os reis eram treinados a se tornarem santos; portanto, o único interesse deles era o bem-estar dos cidadãos. Esses reis santos eram devidamente treinados, e, como se menciona também na Bhagavad-gītā, a ciência de Deus, ou o sistema de yoga do serviço devocional conhecido como Bhagavad-gītā, foi comunicada ao rei santo do planeta Sol, e foi transmitida gradualmente pela sucessão de reis kṣatriyas descendentes do Sol e da Lua. Se o líder do governo é santo, certamente os cidadãos tornam-se santos, e são felizes, porque suas necessidades e anseios espirituais e físicos são satisfeitos.