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VERSO 4

na vayaṁ nara-deva pramattā bhavan-niyamānupathāḥ sādhv eva vahāmaḥ. ayam adhunaiva niyukto ’pi na drutaṁ vrajati nānena saha voḍhum u ha vayaṁ pārayāma iti.

na — não; vayam — nós; nara-deva — ó senhor entre os seres humanos (o rei é tido como representante de deva, a Suprema Personalidade de Deus); pramattāḥ — negligentes em nossos deveres; bhavat-niyama-anupathāḥ — que sempre obedecemos à tua ordem; sādhu — devidamente; eva — certamente; vahāmaḥ — estamos carregando; ayam — este homem; adhunā — muito recentemente; eva — na verdade; niyuktaḥ — estando ocupado em trabalhar conosco; api — embora; na — não; drutam — com muita rapidez; vrajati — trabalha; na — não; anena — ele; saha — com; voḍhum — de carregar; u ha — ó; vayam — nós; pārayāmaḥ — somos capazes; iti — assim.

Ó senhor, por favor, nota que não somos, de modo algum, negligentes no desempenho de nossos deveres. Temos fielmente carregado este palanquim de acordo com teu desejo, mas esse homem, que recentemente passou a trabalhar conosco, não consegue caminhar muito rápido. Portanto, ele nos impede de carregar o palanquim.

SIGNIFICADO—Os outros carregadores do palanquim eram śūdras, ao passo que Jaḍa Bharata era não apenas um brāhmaṇa de alta estirpe, mas também um grande devoto. Os śūdras não têm misericórdia de outros seres vivos, mas o vaiṣṇava não consegue agir como um śūdra. Sempre que um śūdra e um vaiṣṇava brāhmaṇa entram em contato, por certo haverá incompatibilidade na execução dos deveres. Os śūdras caminhavam com o palanquim e nem mesmo se importavam com as formigas no caminho, ao passo que Jaḍa Bharata não conseguia agir como um śūdra, daí o impasse que se deu.

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