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Neste capítulo, o brāhmaṇa Jaḍa Bharata confere instruções pormenorizadas a Mahārāja Rahūgaṇa. Ele diz ao rei: “Não és muito experiente, mas, como te orgulhas muito de teu conhecimento, fazes-te passar por erudito. Na verdade, a pessoa que está situada na plataforma transcendental não se interessa pela conduta social que prejudica o avanço espiritual. A conduta social está dentro da jurisdição de karma-kāṇḍa, o benefício material. Ninguém pode avançar espiritualmente através dessas atividades. A alma condicionada está sempre sob o controle dos modos da natureza material, em consequência do que ela está apenas interessada em benefícios materiais e coisas materiais auspiciosas e inauspiciosas. Em outras palavras, a mente, líder dos sentidos, está absorta em atividades materiais vida após vida. Assim, a alma condicionada segue obtendo diferentes classes de corpos e se submete a condições materiais muito dolorosas. O comportamento social é formulado com base na fantasia mental. É certo que aquele cuja mente está absorta nessas atividades permanece condicionado dentro do mundo material. Segundo as diferentes opiniões, existem onze ou doze atividades mentais, que podem transformar-se em centenas e milhares. A pessoa que não é consciente de Kṛṣṇa está sujeita a todas essas imaginações mentais e, assim, é governada pela energia material. A entidade viva que está livre das fantasias mentais alcança a plataforma de alma espiritual pura, desprovida de contaminação material. Existem duas espécies de entidades vivas – jīvātmā e paramātmā, a alma individual e a Alma Suprema. Essa Alma Suprema em Sua percepção última é o Senhor Vāsudeva, Kṛṣṇa. Ela entra no coração de todos e controla diferentes atividades da entidade viva. Portanto, ela é o refúgio supremo de todas as entidades vivas. Pode entender a Alma Suprema e a relação que desfruta com Ela aquele que se livrou por completo da associação indesejável com homens ordinários. Dessa maneira, qualifica-se para cruzar o oceano da ignorância. A causa da vida condicionada é o apego à energia externa. A pessoa tem que subjugar essas fantasias mentais; enquanto assim não o fizer, ela não se libertará das ansiedades materiais. Embora as fantasias mentais não tenham valor, sua influência é muito avassaladora. Ninguém deve negligenciar o controle da mente. Se ocorre a negligência, a mente se torna tão poderosa que a pessoa logo se esquece de sua verdadeira posição. Quando a pessoa se esquece de que é serva eterna de Kṛṣṇa e de que o serviço a Kṛṣṇa é sua única atividade, a natureza material a condena a servir os objetos dos sentidos. Devem-se matar essas fantasias mentais empunhando a espada do serviço à Suprema Personalidade de Deus e a Seu devoto (guru-kṛṣṇa prasāde pāya bhakti-latā-bīja)”.

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