VERSO 9
ekādaśāsan manaso hi vṛttaya
ākūtayaḥ pañca dhiyo ’bhimānaḥ
mātrāṇi karmāṇi puraṁ ca tāsāṁ
vadanti haikādaśa vīra bhūmīḥ
ekādaśa — onze; āsan — existem; manasaḥ — da mente; hi — decerto; vṛttayaḥ — atividades; ākūtayaḥ — sentidos funcionais; pañca — cinco; dhiyaḥ — sentidos com os quais se obtém o conhecimento; abhimānaḥ — o falso ego; mātrāṇi — diferentes objetos dos sentidos; karmāṇi — diferentes atividades materiais; puram ca — e o corpo, a sociedade, a nação, a família ou a terra natal; tāsām — dessas funções; vadanti — eles dizem; ha — oh!; ekādaśa — onze; vīra — ó herói; bhūmīḥ — campos de atividade.
Existem cinco sentidos funcionais e cinco sentidos com os quais se adquire conhecimento. Existe, também, o falso ego. Dessa maneira, existem onze elementos para as funções da mente. Ó herói, os objetos dos sentidos [tais como o som e o tato], as atividades orgânicas [tais como a evacuação] e as diferentes espécies de corpos, sociedade, amizade e personalidade são considerados pelos estudiosos eruditos como os campos de atividade para as funções da mente.
SIGNIFICADO—A mente controla os cinco sentidos com os quais se adquire conhecimento e os cinco sentidos funcionais. Cada sentido tem seu campo específico de atividades. Em todos os casos, a mente controla ou domina. Através do falso ego, a pessoa se considera o corpo e pensa em termos de “meu corpo”, “minha casa”, “minha família”, “minha sociedade”, “minha nação” e assim por diante. Essas falsas identificações se devem às expansões do falso ego. Assim, essa pessoa pensa ser isso ou aquilo. Desse modo, a entidade viva se enreda na existência material.