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VERSO 12

kvacit kvacit kṣīṇa-dhanas tu tasmin
śayyāsana-sthāna-vihāra-hīnaḥ
yācan parād apratilabdha-kāmaḥ
pārakya-dṛṣṭir labhate ’vamānam

kvacit kvacit — às vezes; kṣīṇa-dhanaḥ — tornando-se desprovida de todas as riquezas; tu — mas; tasmin — nessa floresta; śayyā — de cama onde se deitar; āsana — de um assento; sthāna — de um lar; vihāra — de gozo com a família; hīnaḥ — estando desprovida; yācan — mendigando; parāt — dos outros (amigos e parentes); apratilabdha-kāmaḥ — não conseguindo satisfazer seus desejos; pārakya-dṛṣṭiḥ — passa a cobiçar a riqueza alheia; labhate — obtém; avamānam — desonra.

No caminho da floresta da existência material, a pessoa às vezes fica sem riquezas e, devido a isso, não tem uma casa, cama ou assento decentes, nem gozo familiar apropriado. Portanto, ela vai mendigar o dinheiro alheio, mas, quando não consegue satisfazer seus desejos mendigando, ela quer pedir emprestado ou roubar a propriedade dos outros. Assim, torna-se repulsiva aos olhos da sociedade.

SIGNIFICADO—Os princípios de esmolar, pedir emprestado ou roubar estão bem de acordo com este mundo material. Quando alguém passa por necessidades, ele esmola, pede emprestado ou rouba. Se, ao perceber que, esmolando, as perspectivas são funestas, ele pede emprestado. Se não pode pagar, ele rouba, e, ao ser pego cometendo esse crime, recebe insultos. Essa é a lei da existência material. Ninguém consegue viver aqui muito honestamente; portanto, através de artimanhas, trapaças, esmolas, empréstimos ou roubo, a pessoa tenta satisfazer seus sentidos. Assim, ninguém vive em paz no mundo material.

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