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VERSO 19

ataḥ kathañcit sa vimukta āpadaḥ
punaś ca sārthaṁ praviśaty arindama
adhvany amuṣminn ajayā niveśito
bhramañ jano ’dyāpi na veda kaścana

ataḥ — disto; kathañcit — de alguma forma; saḥ — ela; vimuktaḥ — liberada; āpadaḥ — do perigo; punaḥ ca — novamente; sa-artham — desenvolvendo interesse por aquele tipo de vida; praviśati — começa; arim-dama — ó rei, matador dos inimigos; adhvani — no caminho do gozo; amuṣmin — isto; ajayā — pela influência da energia ilusória; niveśitaḥ — estando absorta; bhraman — viajando; janaḥ — a alma condicionada; adya api — inclusive quando chega a morte; na veda — não entende; kaścana — nada.

Ó Mahārāja Rahūgaṇa, matador dos inimigos, se, de alguma forma, a alma condicionada consegue escapar dessa posição perigosa, ela retorna ao lar para desfrutar da vida sexual, pois essa é a maneira como o apego age. Assim, sob o encanto da energia material do Senhor, ela continua a vagar pela floresta da existência material. Nem mesmo na hora da morte, ela descobre seu verdadeiro interesse.

SIGNIFICADO—É esta a maneira como a vida material acontece. Quem se deixa capturar pela atração sexual se enreda de tantas maneiras que não consegue compreender a verdadeira meta da vida. Portanto, o Śrīmad-Bhāgavatam (7.5.31) diz que na te viduḥ svārtha-gatiṁ hi viṣṇum: em geral, as pessoas não entendem a meta última da vida. Como se afirma nos Vedas, oṁ tad viṣṇoḥ paramaṁ padaṁ sadā paśyanti sūrayaḥ: aqueles que possuem avanço espiritual simplesmente voltam seu olhar para os pés de lótus de Viṣṇu. Entretanto, não estando interessada em reviver sua relação com Viṣṇu, a alma condicionada deixa-se cativar pelas atividades materiais e permanece em um cativeiro incessante, sendo desencaminhada por muitos falsos líderes.

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