VERSO 8
uttarottareṇelāvṛtaṁ nīlaḥ śvetaḥ śṛṅgavān iti trayo ramyaka-hiraṇmaya-kurūṇāṁ varṣāṇāṁ maryādā-girayaḥ prāg-āyatā ubhayataḥ kṣārodāvadhayo dvi-sahasra-pṛthava ekaikaśaḥ pūrvasmāt pūrvasmād uttara uttaro daśāṁśādhikāṁśena dairghya eva hrasanti.
uttara-uttareṇa ilāvṛtam — cada vez mais ao norte de Ilāvṛta-varṣa; nīlaḥ — Nīla; śvetaḥ — Śveta; śṛṅgavān — Śṛṇgavān; iti — assim; trayaḥ — três montanhas; ramyaka — Ramyaka; hiraṇmaya — Hiraṇmaya; kurūṇām — da divisão Kuru; varṣāṇām — dos varṣas; maryādā-girayaḥ — as montanhas delimitadoras; prāk-āyatāḥ — que se estendem até o lado oriental; ubhayataḥ — a leste e oeste; kṣāroda — o oceano de água salgada; avadhayaḥ — estendendo-se a; dvi-sahasra-pṛthavaḥ — que têm dois mil yojanas de largura; eka-ekaśaḥ — em sequência; pūrvasmāt — do que a anterior; pūrvasmāt — do que a anterior; uttaraḥ — mais ao norte; uttaraḥ — mais ao norte; daśa-aṁśa-adhika-aṁśena — em um décimo daquela que a precedeu; dairghyaḥ — em comprimento; eva — na verdade; hrasanti — torna-se menor.
Logo ao norte de Ilāvṛta-varṣa – e distanciando-se sequencialmente rumo à direção norte –, localizam-se três montanhas chamadas Nīla, Śveta e Śṛṅgavān, que delimitam os três varṣas chamados Ramyaka, Hiraṇmaya e Kuru e separam-nas. A largura dessas montanhas é de 2.000 yojanas [26.000 quilômetros]. Longitudinalmente, indo em direção a leste e oeste, elas se estendem até as praias do oceano de água salgada. De sul a norte, cada montanha tem um décimo do comprimento da montanha anterior, mas sua altura permanece a mesma.
SIGNIFICADO—Com relação a isso, Madhvācārya cita os seguintes versos do Brahmāṇḍa Purāṇa:
yathā bhāgavate tūktaṁ
bhauvanaṁ kośa-lakṣaṇam
tasyāvirodhato yojyam
anya-granthāntare sthitam
maṇḍode puraṇaṁ caiva
vyatyāsaṁ kṣīra-sāgare
rāhu-soma-ravīṇāṁ ca
maṇḍalād dvi-guṇoktitām
vinaiva sarvam unneyaṁ
yojanābhedato ’tra tu
A partir destes versos, parece que, próximo ao Sol e à Lua, existe um planeta invisível chamado Rāhu, cujos movimentos causam eclipses solares e lunares. Na nossa opinião, tudo leva a crer que as expedições modernas que tentam ir à Lua estão, na verdade, indo a Rāhu.