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VERSO 2

bhadraśravasa ūcuḥ
oṁ namo bhagavate dharmāyātma-viśodhanāya nama iti.

bhadraśravasaḥ ūcuḥ — o governante Bhadraśravā e seus associados íntimos disseram; om — ó Senhor; namaḥ — respeitosas reverências; bhagavate — à Suprema Personalidade de Deus; dharmāya — a fonte de todos os princípios religiosos; ātma-viśodhanāya — que nos purifica da contaminação material; namaḥ — nossas reverências; iti — assim.

O governante Bhadraśravā e seus associados íntimos proferem a seguinte oração: Oferecemos nossas respeitosas reverências à Suprema Personalidade de Deus, o reservatório de todos os princípios religiosos, que neste mundo material torna limpo o coração da alma condicionada. Repetidas vezes, oferecemos-Lhe nossas respeitosas reverências.

SIGNIFICADO—Os materialistas tolos não sabem que, a cada passo, estão sendo controlados e punidos pelas leis da natureza. Eles pensam que são muito felizes no estado condicionado de vida material, desconhecendo o propósito de repetidos nascimentos, mortes, velhices e doenças. Portanto, na Bhagavad-gītā (7.15), o Senhor Kṛṣṇa descreve esses materialistas como mūḍhas (patifes): na māṁ duṣkṛtino mūḍhāḥ prapadyante narādhamāḥ. Esses mūḍhas não sabem que, para se purificar, devem adorar o Senhor Vāsudeva (Kṛṣṇa) através da execução de penitências e austeridades. Essa purificação é a meta da vida humana. Esta vida não se destina ao gozo descomedido dos sentidos. A fim de purificar sua existência, o ser vivo na forma humana deve ocupar-se em consciência de Kṛṣṇa: tapo divyaṁ putrakā yena sattvaṁ śuddhyet. É isso o que o rei Ṛṣabhadeva instrui aos Seus filhos. Na forma de vida humana, a pessoa deve submeter-se a toda espécie de austeridades para purificar sua existência. Yasmād brahma-saukhyaṁ tv anantam. Todos buscamos a felicidade, mas, devido à nossa ignorância e estupidez, realmente não podemos saber o que é a verdadeira felicidade. Verdadeira felicidade se chama brahma-saukhya, felicidade espiritual. Embora possamos obter alguma felicidade aparente neste mundo material, essa felicidade é temporária. Os materialistas tolos não conseguem entender isso. Portanto, Prahlāda Mahārāja assinala que māyā-sukhāya bharam udvahato vimūḍhān: em troca de uma simples felicidade material temporária, esses patifes estão fazendo arranjos colossais e, dessa maneira, frustram-se vida após vida.

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