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VERSO 22

āgnīdhro rājātṛptaḥ kāmānām apsarasam evānudinam adhi-manyamānas tasyāḥ salokatāṁ śrutibhir avārundha yatra pitaro mādayante.

āgnīdhraḥ — Āgnīdhra; rājā — o rei; atṛptaḥ — insatisfeito; kāmā­nām — com o gozo dos sentidos; apsarasam — a mulher celestial (Pūrvacitti); eva — decerto; anudinam — dia após dia; adhi — excessiva­mente; manyamānaḥ — pensando em; tasyāḥ — dela; sa-lokatām­ — promoção ao mesmo planeta; śrutibhiḥ — pelos Vedas; avārundha­ — obteve; yatra — onde; pitaraḥ — os antepassados; mādayante — sentem prazer.

Após a partida de Pūrvacitti, o rei Āgnīdhra, ainda com seus desejos luxuriosos insatisfeitos, pensava nela sem cessar. Portanto, conforme os preceitos védicos, o rei, após a sua morte, foi promovido ao mesmo planeta onde vivia sua esposa celestial. Nesse planeta, chamado Pitṛloka, vivem os pitās, os antepassados, absortos em grande deleite.

SIGNIFICADO—Não restam dúvidas de que, após a morte, obtemos um corpo relacionado àquilo em que sempre pensávamos nesta vida. Mahārāja Āgnīdhra sempre pensava em Pitṛloka, o lugar para onde regressara sua esposa. Portanto, após a sua morte, ele alcançou esse mesmo planeta, provavelmente para viver com ela mais uma vez. A Bhagavad-gītā (8.6) também diz:

yaṁ yaṁ vāpi smaran bhāvaṁ
tyajaty ante kalevaram
taṁ tam evaiti kaunteya
sadā tad-bhāva-bhāvitaḥ

“Qualquer que seja o estado de existência de que alguém se lembre ao deixar o corpo, esse mesmo estado ele alcançará impreterivelmente.” Podemos concluir naturalmente que, se pensarmos sempre em Kṛṣṇa ou nos tornarmos plenamente conscientes de Kṛṣṇa, poderemos ser promovidos ao planeta Goloka Vṛndāvana, onde Kṛṣṇa vive eternamente.

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