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VERSO 1

rājovāca
yad etad bhagavata ādityasya meruṁ dhruvaṁ ca pradakṣiṇena parikrāmato rāśīnām abhimukhaṁ pracalitaṁ cāpradakṣiṇaṁ bhagavatopavarṇitam amuṣya vayaṁ katham anumimīmahīti.

rājā uvaca — o rei (Mahārāja Parīkṣit) perguntou; yat — que; etat — isto; bhagavataḥ — do poderosíssimo; ādityasya — do Sol (Sūrya Nārāyaṇa); merum — a montanha conhecida como Sumeru; dhruvam ca — bem como o planeta conhecido como Dhruvaloka; pradakṣiṇena — colocando à direita; parikrāmataḥ — que está girando em volta; rāśīnām — os diferentes signos do zodíaco; abhimukham — olhando para; pracalitam — movendo-se; ca — e; apradakṣiṇam — colocando à esquerda; bhagavatā — por Vossa Onipotência; upavarṇitam — descrito; amuṣya — disso; vayam — nós (os ouvintes); katham — como; anumimīmahi — podemos aceitar isso mediante argumentos e deduções; iti — assim.

O rei Parīkṣit perguntou a Śukadeva Gosvāmī: Meu querido senhor, já revelaste a verdade de que o supremamente poderoso deus do Sol viaja em volta de Dhruvaloka, com Dhruvaloka e o monte Sumeru à sua direita. Contudo, ao mesmo tempo, ele fica diante dos signos do zodíaco e mantém Sumeru e Dhruvaloka à sua esquerda. Em que podemos nos basear para aceitar o fato de que o deus do Sol, durante o seu percurso, mantém Sumeru e Dhruvaloka tanto à sua esquerda quanto à sua direita, simultaneamente?

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