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VERSO 39

kathaṁ svid dhriyate daṇḍaḥ
kiṁ vāsya sthānam īpsitam
daṇḍyāḥ kiṁ kāriṇaḥ sarve
āho svit katicin nṛṇām

katham svit — por que meios; dhriyate — é imposta; daṇḍaḥ — punição; kim — que; — ou; asya — deste; sthānam — o lugar; īpsitam — desejado; daṇḍyāḥ — passíveis de punição; kim — se; kāriṇaḥ — trabalhadores fruitivos; sarve — todos; āho svit — ou se; katicit — alguns; nṛṇām — dos seres humanos.

Qual o processo através do qual se punem os outros? Quem são os verdadeiros candidatos à punição? Todos os karmīs ocupados em atividades fruitivas são passíveis de punição, ou somente alguns deles?

SIGNIFICADO—Uma pessoa que tem o poder de punir os outros não deve punir todos. Existem inúmeras entidades vivas, a maioria das quais está no mundo espiritual e são nitya-mukta, eternamente liberadas. Julgar esses seres vivos liberados é algo que está fora de cogitação. Somente uma pequena fração das entidades vivas, talvez um quarto, está no mundo material. E a maior porção das entida­des vivas no mundo material – 8.000.000 das 8.400.000 formas de vida – é inferior aos seres humanos. Elas não são passíveis de pu­nição, visto que, sob as leis da natureza material, estão evoluindo automaticamente. Os seres humanos, que são avançados em consciência, são responsáveis, mas nem todos são passíveis de punição. Aqueles que estão ocupados em atividades piedosas avançadas estão além da punição. Somente aqueles que se ocupam em atividades pecami­nosas é que são passíveis de punição. Portanto, os Viṣṇudūtas per­guntaram especificamente sobre quem é passível de punição e por que Yamarāja fora designado para discriminar entre quem deve ou quem não deve ser punido. Como é que alguém será julgado? Qual o princípio básico de autoridade? Essas foram as perguntas levan­tadas pelos Viṣṇudūtas.

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