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VERSO 62

stambhayann ātmanātmānaṁ
yāvat sattvaṁ yathā-śrutam
na śaśāka samādhātuṁ
mano madana-vepitam

stambhayan — tentando controlar; ātmanā — com a inteligência; ātmānam — a mente; yāvat sattvam — na medida que lhe era possível; yathā-śrutam — lembrando-se da instrução (de celibato, brahmacarya, de nem mesmo olhar para uma mulher); na — não; śaśāka — era capaz; samādhātum — de controlar; manaḥ — a mente; madana-vepitam — agitada pelo Cupido ou por desejos luxuriosos.

Tanto quanto possível, ele, pacientemente, tentava lembrar-se das instruções dos śāstras de que não deveria nem mesmo olhar para uma mulher. Com a ajuda desse conhecimento e de seu intelecto, ele tentou controlar seus desejos luxuriosos, mas, devido à força do Cupido dentro de seu coração, não conseguiu controlar a mente.

SIGNIFICADO—A menos que alguém seja muito forte em conhecimento, paciência e comportamento corpóreo, mental e intelectual adequados, refrear os desejos luxuriosos é extremamente difícil. Assim, após ver um homem abraçando uma jovem mulher e fazendo praticamente tudo o que se exige na vida sexual, mesmo um brāhmaṇa plenamente qua­lificado, como esse que acaba de ser descrito, não pôde con­trolar seus desejos luxuriosos, tampouco se abster de ouvir os seus comandos. Devido à força da vida materialista, manter o autocon­trole é extremamente difícil para quem não está sob especial proteção da Suprema Personalidade de Deus através do serviço devocional.

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