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VERSO 38

jajñe tvaṣṭur dakṣiṇāgnau
dānavīṁ yonim āśritaḥ
vṛtra ity abhivikhyāto
jñāna-vijñāna-saṁyutaḥ

jajñe — nasceu; tvaṣṭuḥ — do brāhmaṇa conhecido como Tvaṣṭā; dakṣiṇa-agnau — no sacrifício de fogo conhecido como dakṣiṇāgni; dānavīm — demoníaca; yonim — espécies de vida; āśritaḥ — refugiando-­se em; vṛtraḥ — Vṛtra; iti — assim; abhivikhyātaḥ — célebre; jñãna­-vijñāna-saṁyutaḥ — plenamente equipado com conhecimento transcendental e com o método de aplicação prática desse conhecimento.

Amaldiçoado por mãe Durgā [Bhavānī, a esposa do senhor Śiva], esse mesmo Citraketu nasceu em uma das espécies de vida demoníaca. Embora ainda plenamente equipado com conhecimento transcendental e com o método de aplicação prática desse conheci­mento, ele apareceu como um demônio, surgindo no sacrifício de fogo executado por Tvaṣṭā, e, dessa maneira, tornou-se o famoso Vṛtrāsura.

SIGNIFICADO—De um modo geral, a palavra yoni se refere a jāti – família, grupo ou espécie. Embora Vṛtrāsura tivesse aparecido em uma família de demônios, afirma-se claramente que, mesmo assim, ele não perdera seu conhecimento acerca da vida espiritual. Jñāna-vijñāna-saṁyutaḥ: seu conhecimento espiritual e a aplicação prática desse conhecimento não se esvaíram. Portanto, afirma-se que, apesar de uma queda circunstancial, o devoto não está perdido.

yatra kva vābhadram abhūd amuṣya kiṁ
ko vārtha āpto ’bhajatāṁ sva-dharmataḥ

(Bhāg. 1.5.17)

Tendo alguém avançado em serviço devocional, nada há que o faça perder suas conquistas espirituais. Ele sempre continua seu avanço espiritual. Confirma isso a Bhagavad-gītā. Mesmo que venha a cair, o bhakti-yogī nasce em uma família rica ou em uma família de brāhmaṇas, na qual volta às atividades devocionais no mesmo ponto em que parou. Embora fosse conhecido como um asura, ou demônio, Vṛtrāsura não perdeu sua consciência de Kṛṣṇa ou serviço devocional.

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