VERSO 26
tad-upasparśanād eva
vinirdhūta-malāśayāḥ
japanto brahma paramaṁ
tepus tatra mahat tapaḥ
tat — daquele lugar sagrado; upasparśanāt — banhando-se regularmente na água; eva — na verdade; vinirdhūta — completamente purificados; mala-āśayāḥ — de toda a sujeira acumulada dentro do coração; japantaḥ — cantando ou murmurando; brahma — mantras, começando com o oṁ (tais como oṁ tad viṣṇoḥ paramaṁ padaṁ sadā paśyanti sūrayaḥ); paramam — a meta última; tepuḥ — executavam; tatra — ali; mahat — grandes; tapaḥ — penitências.
Em Nārāyaṇa-saras, o segundo grupo de filhos executou penitências da mesma maneira que o primeiro. Eles se banharam na água sagrada, e, através do contato com ela, tiraram de seus corações toda a sujeira presente sob a forma de desejos materiais. Eles murmuravam mantras, começando com o oṁkāra, e se submetiam a um severo esquema de austeridades.
SIGNIFICADO—Todo mantra védico se chama brahma porque cada mantra é precedido pelo brahmākṣara (aum ou oṁkāra). Por exemplo, oṁ namo bhagavate vāsudevāya. Na Bhagavad-gītā (7.8), o Senhor Kṛṣṇa diz que praṇavaḥ sarva-vedeṣu: “Em todos os mantras védicos, Eu sou representado pelo praṇava, ou oṁkāra.” Logo, cantar mantras védicos que começam com o oṁkāra é cantar diretamente o nome de Kṛṣṇa. Não há diferença alguma. Quer alguém cante o oṁkāra, quer se dirija ao Senhor como “Kṛṣṇa”, o significado é o mesmo, mas Śrī Caitanya Mahāprabhu recomenda que, nesta era, todos cantem o mantra Hare Kṛṣṇa (harer nāma eva kevalam). Embora não haja diferença entre Hare Kṛṣṇa e os mantras védicos que começam com o oṁkāra, Śrī Caitanya Mahāprabhu, o líder do movimento espiritual desta era, recomenda que se cante Hare Kṛṣṇa, Hare Kṛṣṇa, Kṛṣṇa Kṛṣṇa, Hare Hare/ Hare Rāma, Hare Rāma, Rāma Rāma, Hare Hare.