VERSO 46
kim utānuvaśān sādhūṁs
tādṛśān guru-devatān
etat kautūhalaṁ brahmann
asmākaṁ vidhama prabho
pituḥ putrāya yad dveṣo
maraṇāya prayojitaḥ
kim uta — muito menos; anuvaśān — aos filhos perfeitos e obedientes; sādhūn — grandes devotos; tādṛśān — desta espécie; guru-devatān — honrando o pai como a Suprema Personalidade de Deus; etat — esta; kautūhalam — dúvida; brahman — ó brāhmaṇa; asmākam — nossa; vidhama — dissipa; prabho — ó meu senhor; pituḥ — do pai; putrāya — ao filho; yat — o qual; dveṣaḥ — inveja; maraṇāya — para matar; prayojitaḥ — aplicou.
Mahārāja Yudhiṣṭhira perguntou também: Como pôde um pai ser tão violento com seu elevado filho, que era obediente, tinha bom comportamento e respeitava o seu pai? Ó brāhmaṇa, ó mestre, jamais tomei conhecimento de tão grande contradição em que um pai afetuoso pune seu nobre filho com a intenção de matá-lo. Por favor, dissipa todas as nossas dúvidas a esse respeito.
SIGNIFICADO—Na história da sociedade humana, raramente se encontra um pai afetuoso que castiga um filho nobre e devotado. Portanto, Mahārāja Yudhiṣṭhira queria que Nārada Muni lhe dissipasse as dúvidas.
Neste ponto, encerram-se os significados Bhaktivedanta do sétimo canto, quarto capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “Hiraṇyakaśipu Aterroriza o Universo”.