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Quando Hiraṇyakaśipu deixou seu reino e se dirigiu à montanha conhecida como Mandarācala para executar rigorosas austeridades, todos os demônios se dispersaram. Nessa ocasião, Kayādhu, a esposa de Hiraṇyakaśipu, estava grávida, e os semideuses, pensando que ela carregava outro demônio em seu ventre, prenderam-na. Haviam planejado que, tão logo a criança nascesse, eles a matariam. Enquanto levavam Kayādhu aos planetas celestiais, encontraram-se com Nārada Muni, que os impediu de levá-la embora e a conduziu a seu āśrama, onde ela deveria aguardar o retorno de Hiraṇyakaśipu. No āśrama de Nārada Muni, Kayādhu orou pela proteção do bebê que estava em seu ventre, e Nārada Muni a apaziguou e a instruiu no conhecimento espiritual. Tirando proveito dessas instruções, Prahlāda Mahārāja, embora um pequeno bebê dentro do ventre, ouviu muito cuidadosamente. A alma espiritual está sempre desvinculada do corpo material. A forma espiritual da entidade viva não sofre nenhuma mudança. Todo aquele que esteja além do conceito de vida corporal é puro e pode receber o conhecimento transcendental. Esse conhecimento transcendental é serviço devocional, e Prahlāda Mahārāja, enquanto vivia no ventre de sua mãe, recebeu de Nārada Muni instruções sobre o serviço devocional. Toda pessoa que, através das instruções de um mestre espiritual fidedigno, ocupa-se a serviço do Senhor, liberta-se de imediato e, tendo escapado das garras de māyā, afasta de si toda a ignorância e desejos materiais. É dever de todos se refugiarem no Senhor Supremo e, então, livrarem-se de todos os desejos materiais. Qualquer que seja a condição material em que alguém esteja situado, ele pode alcançar essa perfeição. O serviço devocional não depende de atividades materiais apresentadas sob a forma de austeridades, penitências, yoga místico ou piedade. Mesmo sem essas virtudes, pode-se alcançar o serviço devocional através da misericórdia do devoto puro.
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