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Mahārāja Parīkṣit queria compreender como o Senhor Vāmanadeva, sob o pretexto de que receberia de Bali Mahārāja três passos de terra, tirou-lhe tudo e o prendeu. Śukadeva Gosvāmī respondeu a essa pergunta com a seguinte explicação. Na luta entre os demônios e os semideuses, descrita no décimo primeiro capítulo deste canto, Bali foi derrotado e morreu na luta, mas, pela graça de Śukrācārya, recobrou sua vida. Então, ele se ocupou no serviço a Śukrācārya, seu mestre espiritual. Os descendentes de Bhṛgu, estando satisfeitos com ele, ocuparam-no na realização do Viśvajit-yajña. Quando esse yajña foi rea­lizado, surgiu do seu fogo uma quadriga, cavalos, uma bandeira, um arco, uma armadura e duas aljavas de flechas. Mahārāja Prahlāda, o avô de Bali Mahārāja, deu-lhe uma guirlanda de flores eternas, e Śukrācārya lhe deu um búzio. Bali Mahārāja, após oferecer reverên­cias a Prahlāda, aos brāhmaṇas e a seu mestre espiritual, Śukrācārya, equipou-se para lutar com Indra e, reunindo seus soldados, dirigiu­-se a Indrapurī. Soprando seu búzio, ele atacou as fronteiras do reino de Indra. Ao ver o poder de Bali Mahārāja, Indra foi ter com seu mestre espiritual, Bṛhaspati, falou-lhe sobre a força de Bali e indagou sobre seu dever. Bṛhaspati informou aos semideuses que, devido ao fato de que os brāhmaṇas haviam outorgado poder extra­ordinário a Bali, os semideuses não conseguiriam lutar contra ele. Sua única esperança era obter o favor da Suprema Personalidade de Deus. Na verdade, não havia nenhuma alternativa. Nessas circunstân­cias, Bṛhaspati aconselhou aos semideuses que deixassem os planetas celestiais e se mantivessem invisíveis em alguma parte. Os semideu­ses seguiram essas ordens, e Bali Mahārāja, juntamente com seus as­sociados, ganhou todo o reino de Indra. Os descendentes de Bhṛgu Muni, sentindo muita afeição pelo seu discípulo Bali Mahārāja, ocupa­ram-no em realizar cem aśvamedha-yajñas. Dessa maneira, Bali des­frutou das opulências dos planetas celestiais.

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