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VERSOS 14-19

bilvaiḥ kapitthair jambīrair
vṛto bhallātakādibhiḥ
tasmin saraḥ suvipulaṁ
lasat-kāñcana-paṅkajam

kumudotpala-kahlāra-
śatapatra-śriyorjitam
matta-ṣaṭ-pada-nirghuṣṭaṁ
śakuntaiś ca kala-svanaiḥ

haṁsa-kāraṇḍavākīrṇaṁ
cakrāhvaiḥ sārasair api
jalakukkuṭa-koyaṣṭi-
dātyūha-kula-kūjitam

matsya-kacchapa-sañcāra-
calat-padma-rajaḥ-payaḥ
kadamba-vetasa-nala-
nīpa-vañjulakair vṛtam

kundaiḥ kurubakāśokaiḥ
śirīṣaiḥ kūṭajeṅgudaiḥ
kubjakaiḥ svarṇa-yūthībhir
nāga-punnāga-jātibhiḥ

mallikā-śatapatraiś ca
mādhavī-jālakādibhiḥ
śobhitaṁ tīra-jaiś cānyair
nityartubhir alaṁ drumaiḥ

bilvaiḥ — árvores bilva; kapitthaiḥ — árvores kapittha; jambīraiḥ — árvores jambīra; vṛtaḥ — cercado de; bhallātaka-ādibhiḥbhallāta­ka e outras árvores; tasmin — naquele jardim; saraḥ — um lago; su­vipulam — que era muito grande; lasat — brilhantes; kāñcana — doura­das; paṅka-jam — cheio de flores de lótus; kumuda — de flores kumuda; utpala — flores utpala; kahlāra — flores kahlāra; śatapatra — e flores śatapatra; śriyā — com a beleza; ūrjitam — singular; matta — embriaga­das; ṣaṭ-pada — abelhas; nirghuṣṭam — zumbiam; śakuntaiḥ — com o chilrear dos pássaros; ca — e; kala-svanaiḥ — cujas canções eram muito melodiosas; haṁsa — cisnes; kāraṇḍavakāraṇḍavas; ākīrṇam — re­pleto de; cakrāhvaiḥcakrāvakas; sārasaiḥ — grous; api — bem como; jalakukkuṭa — frangos-d’água; koyaṣṭikoyaṣṭis; dātyūhadātyūhas; kula — bandos de; kūjitam — cacarejavam; matsya — dos peixes; kacchapa — e tartarugas; sañcāra — devido aos movimentos; calat — bruscos; padma — dos lótus; rajaḥ — pelo pólen; payaḥ — a água (era deco­rada); kadamba — kadambas; vetasavetasas; nalanalas; nīpa — nīpas; vañjulakaiḥvañjulakas; vṛtam — rodeado por; kundaiḥ — kundas; kurubakakurubakas; aśokaiḥaśokas; śirīṣaiḥśirīṣas; kūṭaja — kūṭajas; iṅgudaiḥiṅgudas; kubjakaiḥkubjakas; svarṇa­-yūthībhiḥ — svarṇa-yūthīs; nāganāgas; punnāga — punnāgas; jāti­bhiḥjātīs; mallikā — mallikās; śatapatraiḥ — śatapatras; ca — também; mādhavīmādhavīs; jālakādibhiḥjālakās; śobhitam — adornado; tīrajaiḥ — crescendo às margens; ca — e; anyaiḥ — outras; nitya-ṛtu­bhiḥ — em todas as estações; alam — abundantemente; drumaiḥ — com árvores (carregadas de flores e frutos).

Naquele jardim, havia um grande lago cheio de brilhantes flores de lótus douradas e de flores conhecidas como kumuda, kahlāra, ut­pala e śatapatra, que davam à montanha uma beleza singular. Também havia árvores bilva, kapittha, jambīra e bhallātaka. Abelhas se ine­briavam bebendo mel e zumbiam ao som do chilrear dos pássaros, cujas canções eram muito melodiosas. O lago estava repleto de cisnes, kāraṇḍavas, cakrāvakas, grous e bandos de frangos-d’água, dātyūhas, koyaṣṭis e outras aves cacarejantes. Devido aos movimen­tos rápidos dos peixes e tartarugas, a água se decorava com pólen caído das flores de lótus. O lago era rodeado por flores kadamba, flores vetasa, nalas, nīpas, vañjulakas, kundas, kurubakas, aśokas, śirīṣas, kūṭajas, iṅgudas, kubjakas, svarṇa-yūthīs, nāgas, punnāgas, jātīs, mallikās, śatapatras, jālakās e mādhavī-latās. As margens também eram ricamente adornadas com muitas variedades de árvo­res que produziam flores e frutas em todas as estações. Assim, toda a montanha se erguia gloriosamente decorada.

SIGNIFICADO—A julgar pela exaustiva descrição dos lagos e rios da montanha Trikūṭa, não existe nada na Terra que se compare a essa montanha. Em outros planetas, no entanto, existem muitas dessas maravilhas. Por exemplo, sabe-se que existem dois milhões de diferentes espécies de árvores, mas nem todas elas são vistas na Terra. No Śrīmad-Bhāgavatam, encontra-se todo o conhecimento das atividades universais. Ele não apenas descreve este universo, senão que também considera o mundo espiritual, situado além deste universo. Ninguém pode questionar as descrições sobre os mundos material e espiritual contidas no Śrīmad-Bhāgavatam. Embora a tentativa de o ser humano ir à Lua tenha fracassado, as pessoas da Terra têm todas as condições de saber o que existe em outros planetas. Não é preciso valer-se da imagi­nação; todos podem receber conhecimento verdadeiro a partir do Śrīmad­-Bhāgavatam e se satisfazer com isso.

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