VERSO 14
tam āha sātikaruṇaṁ
mahā-kāruṇikaṁ nṛpam
yādobhyo jñāti-ghātibhyo
dīnāṁ māṁ dīna-vatsala
kathaṁ visṛjase rājan
bhītām asmin sarij-jale
tam — a ele (Satyavrata); āha — disse; sā — aquele pequeno peixe; ati-karuṇam — extremamente compassivo; mahā-kāruṇikam — extremamente misericordioso; nṛpan — ao rei Satyavrata; yādobhyaḥ — aos seres aquáticos; jñāti-ghātibhyaḥ — que sempre estão ansiosos para matar os peixes menores; dīnām — muito pobre; mam — Me; dīna-vatsala — ó protetor dos pobres; katham — por que; visṛjase — estás atirando; rājan — ó rei; bhītām — muito temeroso; asmin — dentro disto; sarit-jale — na água do rio.
Com uma voz suplicante, o pobre peixinho disse ao rei Satyavrata, que era muito misericordioso: Meu querido rei, protetor dos pobres, por que estás me atirando na água do rio, onde existem outros seres aquáticos que podem matar-Me? Tenho muito medo deles.
SIGNIFICADO—No Matsya Purāṇa, afirma-se:
ananta-śaktir bhagavān
matsya-rūpī janārdanaḥ
krīḍārthaṁ yācayām āsa
svayaṁ satyavrataṁ nṛpam
“A Suprema Personalidade de Deus possui potência ilimitada. Entretanto, em Seu passatempo em que tinha a forma de peixe, Ele implorou por proteção ao rei Satyavrata.”