VERSO 18
tāṁ śrī-sakhīṁ kanaka-kuṇḍala-cāru-karṇa-
nāsā-kapola-vadanāṁ para-devatākhyām
saṁvīkṣya sammumuhur utsmita-vīkṣaṇena
devāsurā vigalita-stana-paṭṭikāntām
tām — a Ela; śrī-sakhīm — parecendo uma associada pessoal da deusa da fortuna; kanaka-kuṇḍala — com brincos de ouro; cāru — muito belo; karṇa — orelhas; nāsā — nariz; kapola — maçãs do rosto; vadanām — rosto; para-devatā-ākhyām — o Senhor Supremo, a Suprema Personalidade de Deus aparecendo naquela forma; saṁvīkṣya — olhando para Ela; sammumuhuḥ — todos eles ficaram encantados; utsmita — sorrindo discretamente; vīkṣaṇena — lançando um olhar para eles; deva-asurāḥ — todos os semideuses e demônios; vigalita-stana-paṭṭika-antām — a barra do sári logo abaixo dos seios moveu-se um pouco.
Seu nariz atraente e encantadoras maçãs do rosto, bem como Suas orelhas adornadas com brincos de ouro, tornavam Seu rosto belíssimo. À medida que Ela Se movia, a barra do sári logo abaixo de Seus seios afastava-se um pouco. Quando os semideuses e demônios viram essa bela constituição de Mohinī-mūrti, que olhava para eles e sorria discretamente, todos ficaram completamente encantados.
SIGNIFICADO—Aqui, Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura menciona que Mohinī-mūrti é a Suprema Personalidade de Deus em uma forma feminina e que a deusa da fortuna é Sua associada. Essa forma assumida pela Personalidade de Deus desafiava a deusa da fortuna. A deusa da fortuna é bela, mas, ao aceitar uma forma de mulher, o Senhor sobrepuja a deusa da fortuna em beleza. Não se deve pensar que, como é mulher, a deusa da fortuna é mais bela. O Senhor é tão belo que, ao assumir uma forma feminina, pode exceder toda beleza de qualquer deusa da fortuna.