VERSO 24
deva-liṅga-praticchannaḥ
svarbhānur deva-saṁsadi
praviṣṭaḥ somam apibac
candrārkābhyāṁ ca sūcitaḥ
deva-liṅga praticchannaḥ — cobrindo-se com as vestes de um semideus; svarbhānuḥ — Rāhu (que ataca o Sol e a Lua, provocando-lhes o eclipse); deva-saṁsadi — no grupo dos semideuses; praviṣṭaḥ — tendo-se introduzido; somam — o néctar; apibat — bebeu; candra-arkābhyām — tanto pelo Sol quanto pela Lua; ca — e; sūcitaḥ — foi detectado.
Rāhu, o demônio que causa o eclipse do Sol e da Lua, colocou as vestes de um semideus e, dessa maneira, entrou na assembleia dos semideuses e bebeu o néctar sem ser detectado por ninguém, nem mesmo pela Suprema Personalidade de Deus. Entretanto, a Lua e o Sol, devido à permanente inimizade com Rāhu, perceberam a situação. Rāhu, então, foi identificado.
SIGNIFICADO—A Suprema Personalidade de Deus, Mohinī-mūrti, foi capaz de desorientar todos os demônios, mas Rāhu foi tão astuto que não se deixou enganar. Rāhu pôde perceber que Mohinī-mūrti estava enganando os demônios e, portanto, mudou de roupa, disfarçou-se de um semideus e sentou-se na assembleia dos semideuses. Neste ponto, talvez se pergunte por que a Suprema Personalidade de Deus não pôde detectar Rāhu. A razão é que o Senhor queria mostrar o que aconteceria àquele que bebesse o néctar. Isso será revelado nos próximos versos. A Lua e o Sol, entretanto, estavam sempre alertas com relação a Rāhu. Assim, quando Rāhu entrou na assembleia dos semideuses, a Lua e o Sol detectaram-no de imediato, e, então, a Suprema Personalidade de Deus também Se conscientizou de sua presença.