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VERSO 4

na vayaṁ tvāmarair daityaiḥ
siddha-gandharva-cāraṇaiḥ
nāspṛṣṭa-pūrvāṁ jānīmo
lokeśaiś ca kuto nṛbhiḥ

na — não somos; vayam — nós; tvā — a ti; amaraiḥ — pelos semideuses; daityaiḥ — pelos demônios; siddha — pelos Siddhas; gandharva — pelos Gandharvas; cāraṇaiḥ — e pelos Cāraṇas; na — não; aspṛṣṭa­pūrvām — jamais desfrutada ou tocada por alguém; jānīmaḥ — conhecemos exatamente; loka-īśaiḥ — pelos vários diretores do universo; ca — também; kutaḥ — o que dizer de; nṛbhiḥ — pela sociedade humana.

Se nem mesmo os semideuses, demônios, Siddhas, Gandharvas, Cāraṇas e os vários diretores do universo, os Prajāpatis, conseguiram Te tocar antes, o que dizer, então, dos seres humanos? Ninguém deve pensar que somos incapazes de compreender Tua iden­tidade.

SIGNIFICADO—Mesmo os asuras seguiam a etiqueta de que, ao dirigir-se a uma mulher casada, não se deve ter luxúria. O grande ensaísta Cāṇakya Paṇḍita diz que mātṛvat para-dāreṣu: deve-se considerar a esposa alheia como sendo a própria mãe. Os asuras, os demônios, tomaram como verdade que a bela jovem, Mohinī-mūrti, que aparecera diante deles, obviamente não era casada. Portanto, eles admitiram que ninguém no mundo, incluindo os semideuses, os Gandharvas, os Cāraṇas e os Siddhas, jamais havia tocado nEla. Os demônios sabiam que a jovem era solteira e, portanto, ousaram dirigir-se a Ela. Eles supunham que a jovem, Mohinī-mūrti, tinha ido até ali porque queria encontrar um esposo entre todas as pessoas ali presentes (os Daityas, os semideuses, os Gandharvas e assim por diante).

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