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VERSO 8

taṁ durhṛdaṁ suhṛd-rūpaṁ
kāminaṁ kṣaṇa-sauhṛdam
indriyārāmam utsṛjya
svāminaṁ duḥkhitā yayau

tam — a ele (o bode); durhṛdam — insensível; suhṛt-rūpam — fazendo-se passar por amigo; kāminam — muito luxurioso; kṣaṇa-sauhṛdam — tendo amizade por enquanto; indriya-ārāmam — interessado em gozo dos sentidos ou em sensualidade; utsṛjya — abandonando; svāminam — ao seu atual esposo, ou para o antigo mantenedor; duḥ­khitā — muito aflita; yayau — ela partiu.

Aflita com a maneira de seu esposo se comportar, a cabra não julgou o bode como seu verdadeiro amigo, mas o achou insensível e viu que, só por ora, ele era seu amigo. Portanto, porque o seu esposo era luxurioso, ela o deixou e regressou ao seu antigo mantenedor.

SIGNIFICADO—A palavra svāminam é significativa. Svāmī significa “aquele que dedica atenção” ou “mestre”. Antes do casamento de Devayānī, Śukrācārya prestava-lhe cuidados, e, após seu casamento, essa tarefa ficou ao encargo de Yayāti, mas aqui a palavra svāminam indica que Devayānī deixou a proteção de seu esposo, Yayāti, e retornou ao seu antigo protetor, Śukrācārya. A civilização védica recomenda que a mulher fique sob a proteção do homem. Durante a infância, ela deve ficar aos cuidados de seu pai; na juventude, aos cuidados de seu esposo, e na velhice, aos cuidados de um filho crescido. Em nenhuma época da vida, deve a mulher ter independência.

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