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VERSO 12

na kāmaye ’haṁ gatim īśvarāt parām
aṣṭarddhi-yuktām apunar-bhavaṁ vā
ārtiṁ prapadye ’khila-deha-bhājām
antaḥ-sthito yena bhavanty aduḥkhāḥ

na — não; kāmaye — desejo; aham — eu; gatim — destino; īśvarāt — da Suprema Personalidade de Deus; parām — grande; aṣṭa-ṛddhi-yuktām — composto de oito classes de perfeição mística; apunaḥ-bhavam — ces­sação de repetidos nascimentos (liberação, salvação); — ou; ārtim — sofrimentos; prapadye — aceito; akhila-deha-bhājām — de todas as entidades vivas; antaḥ-sthitaḥ — permanecendo entre elas; yena — pelos quais; bhavanti — elas se tornam; aduḥkhāḥ — sem angústia.

Não peço que a Suprema Personalidade de Deus me dê as oito perfeições do yoga místico, nem me salve de repetidos nascimentos e mortes. Desejo apenas permanecer entre todas as entidades vivas e sofrer por elas todas as angústias, para que elas se livrem do sofri­mento.

SIGNIFICADO—Vāsudeva Datta fez a Śrī Caitanya Mahāprabhu uma afirmação semelhante, pedindo ao Senhor que libertasse todas as entidades vivas enquanto Ele Se encontrava ali presente. Vāsudeva Datta argumentou que, se elas não fossem dignas de serem liberadas, ele próprio aceitaria todas as suas reações pecaminosas e sofreria pessoalmente para que o Senhor pudesse libertá-las. O vaiṣṇava, portan­to, é descrito como para-duḥkha-duḥkhī: ele sofre muito quando vê o sofrimento alheio. Por isso, o vaiṣṇava ocupa-se em atividades que visam ao verdadeiro bem-estar da sociedade humana.

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