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VERSO 1

śrī-śuka uvāca
nābhāgo nabhagāpatyaṁ
yaṁ tataṁ bhrātaraḥ kavim
yaviṣṭhaṁ vyabhajan dāyaṁ
brahmacāriṇam āgatam

śrī-śukaḥ uvāca — Śrī Śukadeva Gosvāmī disse; nābhāgaḥ — Nābhāga; nabhaga-apatyam — era o filho de Mahārāja Nabhaga; yam — a quem; tatam — o pai; bhrātaraḥ — os irmãos mais velhos; kavim — o erudito; yaviṣṭham — o caçula; vyabhajan — dividiram; dāyam — a propriedade; brahmacāriṇam — tendo aceitado a vida de brahmacārī perpetuamente (naiṣṭhika); āgatam — retornou.

Śukadeva Gosvāmī disse: O filho de Nabhaga, chamado Nābhāga, viveu por um longo tempo na residência de seu mestre espiritual. Por­tanto, seus irmãos pensavam que ele não se tornaria gṛhastha nem retornaria. Em consequência disso, sem reservar uma parte para ele, di­vidiram a propriedade de seu pai entre si. Quando Nābhāga retornou da residência de seu mestre espiritual, eles lhe deram como quinhão o seu pai.

SIGNIFICADO—Existem duas classes de brahmacārīs. Em uma, pode-se retornar ao lar, casar-se e tornar-se um pai de família, enquanto, em outra, co­nhecida como bṛhad-vrata, é feito o voto de permanecer brahmacārī perpetuamen­te. O bṛhad-vrata brahmacārī não retorna da residência do mestre espiritual; ele permanece ali e, mais tarde, aceita sannyāsa direta­mente. Visto que Nābhāga não retornava da residência de seu mestre espiritual, seus irmãos pensaram que ele havia aceitado o bṛhad-vrata-brahmacarya. Portanto, não lhe reservaram uma parcela e, quando ele regressou, deram-lhe como partilha o seu pai.

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