VERSO 24
svargo na prārthito yasya
manujair amara-priyaḥ
śṛṇvadbhir upagāyadbhir
uttamaśloka-ceṣṭitam
svargaḥ — vida nos planetas celestiais; na — não; prārthitaḥ — motivo de aspiração; yasya — de quem (Ambarīṣa Mahārāja); manujaiḥ — pelos cidadãos; amara-priyaḥ — muito queridos até mesmo pelos semideuses; śṛṇvadbhiḥ — que estavam habituados a ouvir; upagāyadbhiḥ — e acostumados a cantar; uttamaśloka — da Suprema Personalidade de Deus; ceṣṭitam — as atividades gloriosas.
Os cidadãos do Estado de Mahārāja Ambarīṣa estavam habituados a cantar e ouvir as gloriosas atividades da Personalidade de Deus. Assim, eles nunca aspiravam a serem elevados aos planetas celestiais, que são extremamente queridos até mesmo pelos semideuses.
SIGNIFICADO—Um devoto puro, treinado na prática de cantar e ouvir os santos nomes do Senhor, bem como Sua fama, qualidades, forma, parafernália e assim por diante, jamais está interessado na elevação aos planetas celestiais, muito embora tais lugares sejam extremamente queridos até mesmo pelos semideuses.
nārāyaṇa-parāḥ sarve
na kutaścana bibhyati
svargāpavarga-narakeṣv
api tulyārtha-darśinaḥ
“Os devotos ocupados apenas em executar serviço devocional à Suprema Personalidade de Deus, Nārāyaṇa, nunca temem alguma condição na vida. Para o devoto, os planetas celestiais, a liberação e os planetas infernais são todos iguais.” (Śrīmad-Bhāgavatam 6.17.28) O devoto está sempre situado no mundo espiritual. Portanto, ele não deseja nada. Ele é conhecido como akāma, ou sem desejos, porque, exceto pelo desejo de prestar serviço transcendental amoroso à Suprema Personalidade de Deus, ele nada tem a desejar. Como era o mais sublime devoto do Senhor, Mahārāja Ambarīṣa treinava seus súditos de tal maneira que os cidadãos do seu Estado não estavam interessados em nada material, incluindo a felicidade dos planetas celestiais.