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VERSO 70

caitanya-rahita deha — śuṣkakāṣṭha-sama
jīvitei mṛta sei, maile daṇḍe yama

caitanya-rahita — sem consciência; deha — corpo; śuṣka-kāṣṭha-sama —exatamente como madeira seca; jīvitei — enquanto vive; mṛta — morta; sei — esta; maile — após a morte; daṇḍe — castiga; yama — Yamarāja.

Uma pessoa sem consciência de Kṛṣṇa não é melhor do que madeira seca ou um corpo morto. Entende-se que ela está morta apesar de viva e, após a morte, é merecedora da punição de Yamarāja.

SIGNIFICADO—No Śrīmad-Bhāgavatam, sexto canto, terceiro capítulo, vigésimo nono verso, Yamarāja, o superintendente da morte, diz a seus assistentes que classe de homens eles devem trazer perante ele. Ali, ele afirma: “Uma pessoa cuja língua nunca descreve as qualidades e o santo nome da Suprema Personalidade de Deus, cujo coração nunca palpita quando se lembra de Kṛṣṇa e de Seus pés de lótus e cuja cabeça nunca se prostra em reverências ao Senhor Supremo, deve ser trazida perante mim para punição.” Em outras palavras, os não-devotos são levados perante Yamarāja para punição, e, assim, a natureza material concede-lhes diversos tipos de corpos. Após a morte, que é dehāntara, uma mudança de corpo, os não-devotos são trazidos perante Yamarāja para justiça. Mediante o julgamento de Yamarāja, a natureza material lhes dá corpos adequados às ações resultantes de suas atividades passadas. Esse é o processo de dehāntara, ou transmigração do eu de um corpo a outro. Contudo, os devotos conscientes de Kṛṣṇa não estão sujeitos ao julgamento de Yamarāja. Para os devotos, há uma estrada aberta, como se confirma na Bhagavad-gītā. Após abandonar o corpo (tyaktvā deham), o devoto não precisa mais aceitar outro corpo material, pois, em seu corpo espiritual, ele volta ao lar, volta ao Supremo. As punições de Yamarāja destinam-se a pessoas que não são conscientes de Kṛṣṇa.

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