VERSO 61
prabhāve ākarṣila saba sannyāsīra mana
uṭhila sannyāsī saba chāḍiyā āsana
prabhāve — com tal brilho; ākarṣila — Ele atraiu; sabā — todos; sannyāsīra — os sannyāsīs māyāvādīs; mana — mente; uṭhila — ficaram de pé; sannyāsī — todos os sannyāsīs māyāvādīs; saba — todos; chāḍiyā — deixando; āsana — assentos.
Quando os sannyāsīs viram a refulgência brilhante do corpo de Śrī Caitanya Mahāprabhu, suas mentes ficaram atraídas, e todos eles deixaram seus assentos imediatamente e ficaram de pé em sinal de respeito.
SIGNIFICADO—Às vezes, pessoas santas, ācāryas e mestres exibem opulências extraordinárias para atrair a atenção de homens comuns. Isso é necessário para atrair a atenção dos tolos, mas uma pessoa santa não deve abusar de tal poder para gozo pessoal dos sentidos, como fazem falsos santos que se declaram Deus. Mesmo um mágico pode exibir proezas extraordinárias, incompreensíveis aos homens comuns, mas isso não significa que o mágico seja Deus. É uma atividade por demais pecaminosa atrair a atenção, exibindo poderes místicos, e utilizar-se dessa oportunidade para declarar-se Deus. Uma verdadeira pessoa santa jamais se declara Deus, senão que sempre se coloca na posição de servo de Deus. Para um servo de Deus, não há necessidade de exibir poderes místicos, e ele não gosta de fazê-lo, mas, em nome da Suprema Personalidade de Deus, um servo humilde de Deus executa suas atividades de maneira tão maravilhosa que nenhum homem comum pode atrever-se a agir como ele. Ainda assim, uma pessoa santa jamais atribui-se o mérito de tais ações, pois sabe muito bem que, quando se fazem coisas maravilhosas através dele pela graça do Senhor Supremo, todo o mérito é atribuído ao amo, e não ao servo.