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VERSO 215

yata piye tata tṛṣṇā bāḍhe nirantara
mukhāmbuja chāḍi’ netra nā yāya antara

yata — quanto mais; piye — bebem; tata — tanto mais; tṛṣṇā — sede; bādhe — aumenta; nirantara — incessantemente; mukha-ambuja — o rosto de lótus; chāḍi’ — abandonando; netra — os olhos; — não; yāya — vão; antara — separados.

À medida que os olhos dos devotos se punham a beber o mel nectáreo do rosto de lótus do Senhor, a sede aumentava. Assim, os devotos fixavam constantemente seus olhos no Senhor.

SIGNIFICADO—No Laghu-bhāgavatāmṛta (1.5.538), Śrīla Rūpa Gosvāmī descreve a beleza do Senhor da seguinte maneira:

asamānordhva-mādhurya-taraṅgāmṛta-vāridhiḥ
jaṅgama-sthāvarollāsi-
rūpo gopendra-nandanaḥ

“A beleza do filho de Mahārāja Nanda é incomparável. Nada é superior à Sua beleza, e nada pode equiparar-se a ela. Sua beleza assemelha-se às ondas de um oceano de néctar. Essa beleza é atrativa tanto para objetos móveis quanto para objetos imóveis.”

De modo semelhante, no tantra-śāstra, há outra descrição da beleza do Senhor:

kandarpa-koṭy-arbuda-rūpa-śobha-
nīrājya-pādābja-nakhāñcalasya
kutrāpy adṛṣṭa-śruta-ramya-kānter

dhyānaṁ paraṁ nanda-sutasya vakṣye

“Descreverei o que é a meditação suprema no Senhor Śrī Kṛṣṇa, o filho de Nanda Mahārāja. As pontas dos dedos de Seus pés de lótus refletem a beleza dos corpos de ilimitados milhões de cupidos, e, em parte alguma, jamais se ouviu falar do fulgor de Seu corpo, bem como, em parte alguma, esse esplendor foi visto alguma vez.”

Sobre esse tema, pode-se também consultar o Śrīmad-Bhāgavatam (10.29.14).

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