VERSO 150
vraja-vāsī yata jana, mātā, pitā, sakhā-gaṇa,
sabe haya mora prāṇa-sama
tāṅra madhye gopī-gaṇa, sākṣāt mora jīvana,
tumi mora jīvanera jīvana
vraja-vāsī yata jana — todos os habitantes de Vṛndāvana-dhāma; mātā — mãe; pitā — pai; sakhā-gaṇa — amiguinhos; sabe — todos; haya — são; mora prāṇa-sama — como Minha vida; tāṅra madhye — dentre eles; gopī-gaṇa — as gopīs; sākṣāt — diretamente; mora jīvana — Minha vida e alma; tumi — Tu; mora jīvanera jīvana — a vida da Minha vida.
Śrī Kṛṣṇa continuou: “Todos os habitantes de Vṛndāvana-dhāma – Minha mãe, Meu pai, Meus amigos vaqueirinhos e todos os demais – são como Minha vida e alma. E, dentre todos os habitantes de Vṛndāvana, as gopīs são Minha própria vida e alma. Dentre as gopīs, Tu, Śrīmatī Rādhārāṇī, és a principal. Por isso, és a própria vida da Minha vida.”
SIGNIFICADO—Śrīmatī Rādhārāṇī é o centro de todas as atividades de Vṛndāvana. Em Vṛndāvana, Kṛṣṇa é o instrumento de Śrīmatī Rādhārāṇī; por isso, todos os habitantes de Vṛndāvana ainda cantam “Jaya Rādhe!” Pela própria afirmação feita por Kṛṣṇa nesta passagem, subentende-se que Rādhārāṇī é a rainha de Vṛndāvana, e que Kṛṣṇa é simplesmente Sua decoração. Kṛṣṇa é conhecido como Madana-mohana, o encantador do Cupido; Śrīmatī Rādhārāṇī, porém, é a encantadora de Kṛṣṇa. Logo, Śrīmatī Rādhārāṇī chama-Se Madana-mohana-mohinī, a encantadora do encantador do Cupido.