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VERSO 36

yadā yāto daivān madhu-ripur asau locana-pathaṁ
tadāsmākaṁ ceto madana-hatakenāhṛtam abhūt
punar yasminn eṣa kṣaṇam api dṛśor eti padavīṁ
vidhāsyāmas tasminn akhila-ghaṭikā ratna-khacitāḥ

yadā — quando; yataḥ — penetrou; daivāt — por acaso; madhu-ripuḥ — o inimigo do demônio Madhu; asau — Ele; locana-pathaṁ — o alcance dos olhos; tadā — nesse momento; asmākam — nossa; cetaḥ — consciência; madana-hatakena — pelo malvado Cupido; āhṛtam — raptado; abhūt — se torna; punaḥ — novamente; yasmin — quando; eṣaḥ — Kṛṣṇa; kṣaṇam api — mesmo que por um momento; dṛśo — dos dois olhos; eti — vai para; padavīm — o caminho; vidhāsyāma — faremos; tasmin — então; akhila — todas; ghaṭikā — indicações do tempo; ratna-khacitā — cravejadas de joias.

“‘Se, por acaso, a forma transcendental de Kṛṣṇa aparecer ao alcance de Minha visão, Meu coração, ferido de tanto ser maltratado, será raptado pelo Cupido, a felicidade personificada. Como não pude ver a bela forma de Kṛṣṇa tanto quanto Eu desejava, ao ver Sua forma novamente, decorarei as fases do tempo com muitas joias.’”

SIGNIFICADO—Este verso foi proferido por Śrīmatī Rādhārāṇī no Jagannātha-vallabha-nāṭaka (3.11), de Rāmānanda Rāya.

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