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VERSO 158

daṇḍa-bhaṅga-līlā ei — parama gambhīra
sei bujhe, duṅhāra pade yāṅra bhakti dhīra

daṇḍa-bhaṅga-līlā — o passatempo em que Nityānanda quebra o bastão; ei — este; parama — muito; gambhīra — grave; sei bujhe — alguém pode compreender; duṅhāra — de ambos; pade — nos pés de lótus; yāṅra — cujo; bhakti — serviço devocional; dhīra — fixo.

O passatempo em que Nityānanda quebra o bastão é muito profundo. Só o pode compreender aquele cuja devoção está fixa nos pés de lótus dos dois Senhores.

SIGNIFICADO—Quem compreende Śrī Caitanya Mahāprabhu e Nityānanda Prabhu verdadeiramente pode compreender a identidade dEles, bem como a quebra do bastão. Todos os ācāryas anteriores, motivados a dedicarem-se plenamente ao serviço do Senhor, abandonaram o apego à vida material e, assim, aceitaram o bastão, que significa ocupação integral da mente, das palavras e do corpo no serviço ao Senhor. Śrī Caitanya Mahāprabhu aceitou os princípios reguladores da ordem de vida renunciada. Isso ficou bem claro. No entanto, na fase de paramahaṁsa, não há necessidade de aceitar o daṇḍa (bastão), e com certeza Śrī Caitanya Mahāprabhu estava na fase de paramahaṁsa. Não obstante, para indicar que todos devem tomar sannyāsa ao final da vida, a fim de dedicarem-se plenamente a serviço do Senhor, mesmo paramahaṁsas como Śrī Caitanya Mahāprabhu e Seus devotos íntimos seguem os princípios reguladores impecavelmente. Na verdade, essa foi a Sua intenção. Nityānanda Prabhu, que era Seu servo eterno, acreditava que Caitanya Mahāprabhu não precisava carregar o bastão, e, para declarar ao mundo que Śrī Caitanya Mahāprabhu estava acima de todas as regulações, Ele quebrou o bastão em três pedaços. Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura explica, assim, o passatempo conhecido como daṇḍa-bhaṅga-līlā.

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