VERSO 147
kasyānubhāvo ’sya na deva vidmahe
tavāṅghri-reṇu-sparaśādhikāraḥ
yad-vāñchayā śrīr lalanācarat tapo
vihāya kāmān su-ciraṁ dhṛta-vratā
kasya — de que; anubhāvaḥ — um resultado; asya — da serpente (Kāliya); na — não; deva — meu Senhor; vidmahe — sabemos; tava aṅghri — de Vossos pés de lótus; reṇu — da poeira; sparaśa — para tocar; adhikāraḥ — qualificação; yat — qual; vāñchayā — desejando; śrīḥ — a deusa da fortuna; lalanā — a mulher mais elevada; acarat — praticou; tapaḥ — austeridade; vihāya — abandonando; kāmān — todos os desejos; su-ciram — por muito tempo; dhṛta — uma lei mantida; vratā — como um voto.
“‘Ó Senhor, não sabemos como a serpente Kāliya obteve semelhante oportunidade de ser tocada pela poeira de Vossos pés de lótus. Para esse fim, a deusa da fortuna praticou austeridades por séculos, abandonando todos os outros desejos e fazendo votos austeros. Na verdade, não sabemos como essa serpente Kāliya obteve tal oportunidade.’”
SIGNIFICADO—Este verso do Śrīmad-Bhāgavatam (10.16.36) foi falado pelas esposas do demônio Kāliya (a serpente).