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VERSO 215

sahaja gopīra prema, — nahe prākṛta kāma
kāma-krīḍā-sāmye tāra kahi ‘kāma’-nāma

sahaja — natural; gopīra — das gopīs; prema — amor a Deus; nahe — não é; prākṛta — material; kāma — luxúria; kāma-krīḍā — romances luxuriosos; sāmye — ao parecerem iguais a; tāra — de tais atividades; kahi — eu falo; kāma-nāma — o nome “luxúria”.

“Note-se que a característica natural das gopīs é amar o Senhor Supremo. O desejo luxurioso delas não deve ser comparado à luxúria material. Não obstante, como às vezes este desejo parece semelhante à luxúria material, é comum descrever-se o amor transcendental delas por Kṛṣṇa como ‘luxúria’.”

SIGNIFICADO—Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura diz que não se deve jamais atribuir luxúria material a Kṛṣṇa, que é pleno de conhecimento transcendental. Não se pode utilizar a luxúria material a serviço do Senhor, pois ela só é utilizável para os materialistas, e não para Kṛṣṇa. Somente prema, ou amor a Deus, é utilizável para a satisfação de Kṛṣṇa. Prema é o serviço pleno prestado ao Senhor. Os casos luxuriosos das gopīs realmente constituem o mais elevado amor a Deus, pois as gopīs nunca agem em troca de sua satisfação pessoal. Elas ficam satisfeitas se podem ocupar outras gopīs no serviço ao Senhor. As gopīs sentem mais prazer transcendental ao ocuparem indiretamente outras gopīs a serviço de Kṛṣṇa do que ao dedicarem-se elas mesmas a Seu serviço. Eis a diferença entre a luxúria material e o amor a Deus. A luxúria refere-se ao mundo material, e o amor a Deus refere-se apenas a Kṛṣṇa.

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