VERSO 224
nibhṛta-marun-mano ’kṣa-dṛḍha-yoga-yujo hṛdi yan
munaya upāsate tad arayo ’pi yayuḥ smaraṇāt
striya uragendra-bhoga-bhuja-daṇḍa-viṣakta-dhiyo
vayam api te samāḥ sama-dṛśo ’ṅghri-saroja-sudhāḥ
nibhṛta — controlado; marut — o ar vital; manaḥ — a mente; akṣa — sentidos; dṛḍha — fortes; yoga — no processo de yoga místico; yujaḥ — que se ocupam; hṛdi — dentro do coração; yat — que; munayaḥ — os grandes sábios; upāsate — adoram; tat — isto; arayaḥ — os inimigos; api — também; yayuḥ — obtêm; smaraṇāt — por lembrarem-se; striyaḥ — as gopīs; uraga-indra — de serpentes; bhoga — como os corpos; bhuja — os braços; daṇḍa — como bastões; viṣakta — agarradas a; dhiyaḥ — cujas mentes; vayam api — nós também; te — Vossos; samāḥ — iguais a elas; sama-dṛśaḥ — tendo as mesmas emoções extáticas; aṅghri-saroja — dos pés de lótus; sudhāḥ — o néctar.
“‘Praticando o sistema de yoga místico e controlando a respiração, os grandes sábios conquistaram a mente e os sentidos. Dedicando-se assim ao yoga místico, viram a Superalma dentro de seus corações e, por fim, imergiram no Brahman impessoal. Contudo, mesmo os inimigos da Suprema Personalidade de Deus alcançam tal posição pelo simples fato de pensarem no Senhor Supremo. As donzelas de Vraja, as gopīs, queriam apenas abraçar Kṛṣṇa e segurar-Lhe os braços, que são como serpentes. Sentindo-se atraídas pela beleza de Kṛṣṇa, elas finalmente adquiriram um gosto pelo néctar dos pés de lótus do Senhor. Nós também podemos saborear o néctar dos pés de lótus de Kṛṣṇa seguindo os passos das gopīs.’”
SIGNIFICADO—Esta citação é do Śrīmad-Bhāgavatam (10.87.23): são palavras dos śrutis, os Vedas personificados.