VERSO 232
nāyaṁ śriyo ’ṅga u nitānta-rateḥ prasādaḥ
svar-yoṣitāṁ nalina-gandha-rucāṁ kuto ’nyāḥ
rāsotsave ’sya bhuja-daṇḍa-gṛhīta-kaṇṭha-
labdhāśiṣāṁ ya udagād vraja-sundarīṇām
na — não; ayam — isto; śriyaḥ — da deusa da fortuna; aṅge — no peito; u — oh!; nitānta-rateḥ — cuja relação é muito íntima; prasādaḥ — o favor; svaḥ — dos planetas celestiais; yoṣitām — de mulheres; nalina — da flor de lótus; gandha — tendo o aroma; rucām — e esplendor corpóreo; kutaḥ — muito menos; anyāḥ — outras; rāsa-utsave — no festival da dança da rāsa; asya — do Senhor Śrī Kṛṣṇa; bhuja-daṇḍa — pelos braços; gṛhīta — abraçadas; kaṇṭha — seus pescoços; labdha-āśiṣām — que obtiveram tal bênção; yaḥ — que; udagāt — manifestou-se; vraja-sundarīṇām — das belas gopīs, as mocinhas transcendentais de Vrajabhūmi.
“‘Enquanto o Senhor Śrī Kṛṣṇa dançava com as gopīs na rāsa-līlā, Seus braços envolveram os pescoços das gopīs em um abraço. Nem a deusa da fortuna nem outras consortes no mundo espiritual jamais desfrutaram deste favor transcendental. Quanto às belíssimas moças dos planetas celestiais, cujo esplendor e aroma corpóreos assemelham-se exatamente aos de uma flor de lótus, elas nem chegaram a imaginar tal coisa. O que dizer, então, de mulheres mundanas, que são lindas segundo o consenso material?’”
SIGNIFICADO—Esta citação é do Śrīmad-Bhāgavatam (10.47.60).