VERSO 65
brahma-bhūtaḥ prasannātmā
na śocati na kāṅkṣati
samaḥ sarveṣu bhūteṣu
mad-bhaktiṁ labhate parām
brahma-bhūtaḥ — livre de concepções materiais de vida, mas apegado a uma situação impessoal; prasanna-ātmā — plenamente jubiloso; na śocati — não se lamenta; na kāṅkṣati — não anseia; samaḥ — igualmente disposto; sarveṣu — todas; bhūteṣu — com as entidades vivas; mat-bhaktim — Meu serviço devocional; labhate — alcança; parām — transcendental.
Rāmānanda Rāya prosseguiu: “De acordo com a Bhagavad-gītā: ‘Aquele que está assim transcendentalmente situado percebe de imediato o Brahman Supremo e enche-se de júbilo. Jamais lamenta nem deseja ter algo; é igualmente disposto com todas as entidades vivas. Nesse estado, ele alcança o serviço devocional puro a Mim.’”
SIGNIFICADO—A Bhagavad-gītā diz que quem aceita a teoria do monismo – estando sempre dedicado a discussões filosóficas empíricas sobre a vida espiritual – torna-se jubiloso e alivia-se de toda lamentação e anseio material. Nesta fase, atinge-se a equanimidade, encarando todas as entidades vivas como seres espirituais. Após alcançar essa fase elevada, pode-se alcançar o serviço devocional puro. Concluindo, o serviço devocional misturado com atividades fruitivas e ritualísticas é inferior ao serviço espiritual baseado em discussões filosóficas empíricas.