VERSO 34
yady eṣoparatā devī
māyā vaiśāradī matiḥ
sampanna eveti vidur
mahimni sve mahīyate
yadi — se, contudo; eṣā — eles; uparatā — atenua-se; devī māyā — energia ilusória; vaiśāradī — plena de conhecimento; matiḥ — iluminação; sampannaḥ — enriquecida com; eva — certamente; iti — assim; viduḥ — estando consciente de; mahimni — nas glórias; sve — do eu; mahīyate — situando-se em.
Se a energia ilusória se atenua e a entidade viva torna-se plenamente enriquecida com conhecimento, então, pela graça do Senhor, ela de imediato ilumina-se com autorrealização e, assim, situa-se em sua própria glória.
SIGNIFICADO—Porque o Senhor é a Transcendência absoluta, todas as Suas formas, nomes, passatempos, atributos, companheiros e energias são idênticos a Ele. Sua energia transcendental atua de acordo com Sua onipotência. A mesma energia age como Suas energias, externa, interna e marginal, e, por Sua onipotência, Ele pode executar qualquer coisa, através da atuação de alguma das energias acima. Ele pode transformar a energia externa em interna por Sua vontade. Portanto, por Sua graça, a energia externa, que é empregada para iludir aqueles seres vivos que assim o desejam, atenua-se pela vontade do Senhor, em termos de arrependimento e penitência para a alma condicionada. E a mesmíssima energia age, então, para ajudar o ser vivo purificado a progredir no caminho da autorrealização. O exemplo da energia elétrica é muito apropriado a este respeito. O eletricista perito pode utilizar a energia elétrica tanto para aquecer quanto para refrigerar, por meio de um simples ajuste. Analogamente, a energia externa, que agora confunde o ser vivo com a continuação de nascimentos e mortes, transforma-se em potência interna pela vontade do Senhor, para levar o ser vivo à vida eterna. Quando um ser vivo é assim agraciado pelo Senhor, ele se situa em sua própria posição constitucional para desfrutar da vida espiritual eterna.