VERSO 19
yadāśaraṇam ātmānam
aikṣata śrānta-vājinam
astraṁ brahma-śiro mene
ātma-trāṇaṁ dvijātmajaḥ
yadā — quando; aśaraṇam — sem outra proteção; ātmānam — ele próprio; aikṣata — viu; śrānta-vājinam — os cavalos estando cansados; astram — arma; brahma-śiraḥ — a mais elevada ou derradeira (nuclear); mene — aplicou; ātma-trāṇam — simplesmente para se salvar; dvija-ātma-jaḥ — o filho do brāhmaṇa.
Quando o filho do brāhmaṇa [Aśvatthāmā] viu que seus cavalos estavam cansados, ele considerou que não havia alternativa para sua proteção além de usar sua arma derradeira, o brahmāstra [arma nuclear].
SIGNIFICADO—Somente em último caso, quando não há alternativa, aplica-se a arma nuclear chamada brahmāstra. Aqui, a palavra dvijātmajaḥ é significativa, pois Aśvatthāmā, embora filho de Droṇācārya, não era exatamente um brāhmaṇa qualificado. O homem mais inteligente é chamado de brāhmaṇa, mas esse não é um título hereditário. Anteriormente, Aśvatthāmā também foi chamado de brahma-bandhu, ou o amigo de um brāhmaṇa. Ser amigo de um brāhmaṇa não significa que a pessoa é um brāhmaṇa por qualificação. O amigo ou filho de um brāhmaṇa, quando plenamente qualificado, pode ser chamado de brāhmaṇa, e não de outra maneira. Uma vez que a decisão de Aśvatthāmā é imatura, aqui ele é propositalmente chamado de filho de brāhmaṇa.