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VERSO 35

mainaṁ pārthārhasi trātuṁ
brahma-bandhum imaṁ jahi
yo ’sāv anāgasaḥ suptān
avadhīn niśi bālakān

mā enam — nunca a ele; pārtha — ó Arjuna; arhasi — deves; trātum — soltar; brahma-bandhum — um parente de um brāhmaṇa; imam — a ele; jahi — mata; yaḥ — ele (que tem); asau — aqueles; anāgasaḥ — impecáveis; suptān — enquanto dormiam; avadhīt — matou; niśi — à noite; bālakān — os meninos.

O Senhor Śrī Kṛṣṇa disse: Ó Arjuna, não deves mostrar misericórdia soltando este parente de um brāhmaṇa [brahma-bandhu], pois ele matou meninos inocentes enquanto dormiam.

SIGNIFICADO—A palavra brahma-bandhu é significativa. Uma pessoa que acontece de nascer na família de um brāhmaṇas, mas não é qualificada para ser chamada de brāhmaṇa, é chamada de “parente de brāhmaṇa”, e não de brāhmaṇa. O filho do juiz da suprema corte não é virtualmente um juiz da suprema corte, mas não há mal em se dirigir ao filho do juiz da suprema corte como um parente do Meritíssimo Juiz. Portanto, assim como apenas por nascimento uma pessoa não se torna juiz da suprema corte, da mesma forma ela não se torna um brāhmaṇa por mera hereditariedade, mas por adquirir as necessárias qualificações de brāhmaṇa. Assim como o magistrado da suprema corte é um posto para homens qualificados, da mesma maneira o posto de brāhmaṇa é alcançável apenas por qualificação. O śāstra ordena que mesmo que boas qualidades sejam vistas numa pessoa nascida numa família que não seja a de um brāhmaṇa, esse homem qualificado tem que ser aceito como brāhmaṇa; e, da mesma forma, se uma pessoa nascida na família de um brāhmaṇa é desprovida de qualificações bramânicas, ela deve ser tratada como um não brāhmaṇa, ou, dizendo melhor, um parente de brāhmaṇa. O Senhor Śrī Kṛṣṇa, a autoridade suprema de todos os princípios religiosos, os Vedas, aponta pessoalmente essas diferenças, e Ele está a ponto de explicar a razão disso nos ślokas seguintes.

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