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VERSO 40

sūta uvāca
evaṁ parīkṣatā dharmaṁ
pārthaḥ kṛṣṇena coditaḥ
naicchad dhantuṁ guru-sutaṁ
yadyapy ātma-hanaṁ mahān

sūtaḥ — Sūta Gosvāmī; uvāca — disse; evam — isto; parīkṣatā — sendo examinado; dharmam — quanto ao dever; pārthaḥ — Śrī Arjuna; kṛṣṇena — pelo Senhor Kṛṣṇa; coditaḥ — sendo encorajado; na aicchat — não gostou; hantum — matar; guru-sutam — o filho de seu mestre; yadyapi — embora; ātma-hanam — matador dos filhos; mahān — muito grande.

Sūta Gosvāmī disse: Embora Kṛṣṇa, que examinava Arjuna no campo da religião, encorajasse Arjuna a matar o filho de Droṇācārya, Arjuna, uma grande alma, não gostou da ideia de matá-lo, apesar de Aśvatthāmā ser o abominável assassino dos familiares de Arjuna.

SIGNIFICADO—Arjuna era, sem dúvida, uma grande alma, o que também está provado aqui. Nesta passagem, ele é encorajado pessoalmente pelo Senhor a matar o filho de Droṇa, mas Arjuna considera que o filho de seu grande mestre deve ser poupado, pois acontecia de ser o filho de Droṇācārya, muito embora fosse um filho indigno, tendo feito caprichosamente todo tipo de atos abomináveis para o benefício de ninguém.

O Senhor Śrī Kṛṣṇa encorajou Arjuna externamente apenas para colocar à prova o senso de dever de Arjuna. Não é que Arjuna fosse incompleto no seu senso de dever, nem que o Senhor Śrī Kṛṣṇa não tivesse consciência do senso de dever de Arjuna. Porém, o Senhor Śrī Kṛṣṇa põe à prova muitos de Seus devotos puros apenas para chamar a atenção para o senso de dever de tais devotos puros. As gopīs também foram postas à prova. Prahlāda Mahārāja também passou por esse teste. Todos os devotos puros saem exitosos nos respectivos testes do Senhor.

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