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VERSO 44

sarahasyo dhanur-vedaḥ
savisargopasaṁyamaḥ
astra-grāmaś ca bhavatā
śikṣito yad-anugrahāt

sa-rahasyaḥ — confidencial; dhanuḥ-vedaḥ — conhecimento na arte de manipular arcos e flechas; sa-visarga — soltando; upasaṁyamaḥ — controlando; astra — armas; grāmaḥ — todos os tipos de; ca — e; bhavatā — por ti mesmo; śikṣitaḥ — aprendeste; yat — por cuja; anugrahāt — misericórdia de.

Foi pela misericórdia de Droṇācārya que aprendeste a arte marcial de atirar flechas e a arte confidencial de controlar armas.

SIGNIFICADO—O dhanur-veda, ou a ciência militar, foi ensinado por Droṇācārya com todos os seus segredos confidenciais de atirar armas e controlá-las através de hinos védicos. A ciência militar grosseira depende de armas materiais, mas ainda mais refinada que essa é a arte de atirar as flechas saturadas de hinos védicos, que agem com mais eficácia do que armas materiais grosseiras, tais como metralhadoras ou bombas atômicas. O controle é feito por mantras védicos, ou a ciência transcendental do som. No Rāmāyaṇa, declara-se que Mahārāja Daśaratha, o pai do Senhor Śrī Rāma, costumava controlar flechas apenas através do som. Ele podia acertar o alvo com suas flechas apenas por ouvir o som, sem ver o objeto. Assim, essa é uma ciência militar mais refinada do que aquela das grosseiras armas militares materiais usadas hoje em dia. Arjuna aprendeu tudo isso, e, em razão disso, Draupadī queria que Arjuna se sentisse agradecido ao Ācārya Droṇa por todos esses benefícios. E, na ausência de Droṇācārya, seu filho era seu representante. Essa era a opinião da boa dama Draupadī. Pode-se argumentar: por que Droṇācārya, um brāhmaṇa estrito, deveria ser um mestre na ciência militar? A resposta, entretanto, é que um brāhmaṇa deve tornar-se um mestre, não importa qual seja seu ramo de conhecimento. O brāhmaṇa erudito deve converter-se em mestre, em sacerdote e em receptáculo de caridade. Um brāhmaṇa fidedigno é autorizado a aceitar tais profissões.

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